Um filme obrigatório para quem gosta de cinema contemporâneo. Simplesmente porque quem quiser ter um belíssimo exemplo do que é libertação e sofrimento no sentido mais puro da palavra é só perceber isso na atuação de Mickey Rourke. Ele faz um grandiosa trabalho na pele de Randy “O Carneiro” Robinson, um decadente ícone de luta-livre que tenta fazer as pazes com o implacável demônio chamado passado – em especial com sua filha- isso após sofrer um ataque cardíaco. O filme é realmente muito bom, a câmera que segue Rourke é meio exploradora, uma câmera de documentário, o que deixa o drama ainda mais pesado. Vê-se na tela a essência do ser humano, sem hipocrisia O Lutador mostra as pessoas como elas são – isso sem nenhum clichê moralista- por isso não há um grande herói e por mais carismático que Rourke seja em muitas vezes é um anti-herói.
Além disso, o filme mostra os bastidores das Lutas Livre, o que não havia sido visto antes. O filme tem ainda a direção de Darren Aronfsky (do belo, assustador e obrigatório Réquiem por Um Sonho) e ganhou o Leão de Ouro, em Veneza e dois Globos de Ouro, melhor ator, claro, e melhor canção – cantada por ninguém menos que Bruce Springsteen. Luta Livre é algo armado, é ficção assim como os filmes. Nos dois casos as pessoas que assistem se deixam levar pela ficção e acreditam piamente no que está sendo mostrado. O Lutador faz dessa duvida, entre o que é real e o que é ficção, ficar algo imperceptível transformando o filme em arte que retrata a vida. Por isso não fique esperando uma frase bonitinha que te faça refletir, O Lutador é um soco na mente. O sofrimento de um lutador no limite de uma batalha épica contra a vida.
Curiosidades:
- O filme foi gravado em 36 dias. (fonte: folha de sp)
- O orçamento foi de 7 milhões de dólares. (fonte: folha de sp)
- Axl Rose disponibilizou sua música Sweet Child of Mine de graça para o filme, isso por causa do baixo orçamento do filme e de sua amizade com Rourke. (fonte: folha de sp)
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