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Lupas
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A viúva desolada tanto pelo luto quanto por suas consequências perturbadoras e burocráticas. Do outro lado, o dilema de um homem, que escolhe os dois lados e carrega o fardo de sua decisão. RG apresenta um mundo onde a morte do pobre é só uma despesa, e a voz dos vivos, um problema. A câmera leve e fluida cria uma aproximação com aquele espaço, explora a aura cinzenta de um longa que parece dar corpo à Construção, de Chico Buarque; em que a morte do trabalhador é só um obstáculo no tráfego.
César Barzine | Em 23 de Janeiro de 2021.
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Completamente mongolóide, se sustenta por situações triviais, formando uma tosqueira até mesmo singular. Os personagens são completamente bestas, o roteiro parece ter sido escrito durante uma cagada e a direção é digna de um amador qualquer.
César Barzine | Em 22 de Janeiro de 2021.
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Seria bem melhor se focasse apenas em Pascal, já que os demais núcleos dramáticos soam desinteressantes. De qualqer forma, Eugène Green cria um verdadeiro manifesto de devoção à arte através de seu formalismo na mise-en-scène. Com uma pronúncia bem expositiva em seus diálogos, os personagens louvam diversos aspectos da arte e abraçam ela para o seio de suas vidas. As faces congeladas sob a contemplação estética na diegese do filme são o mais alto tributo da mais sublime das expressões humanas.
César Barzine | Em 22 de Janeiro de 2021.
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O começo parece uma mistura de São Paulo S.A. com O Desafio, juntando a toxicidade urbana com o caos de ideias fragmentadas. A câmera subjetiva-onipresente e a narração tentam tornar o filme quase que um diário, mas o protagonista é fraquinho e sua pose existencialista não desperta interesse. O que resta é um conjunto de divagações sobre desejo, putaria e o vazio numa narrativa desordenada e distante do espectador.
César Barzine | Em 22 de Janeiro de 2021.