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Críticas

Cineplayers

Naturalmente, esta é uma nova bomba de Uwe Boll, o pior diretor da atualidade.

1,0

Uwe Boll já é o Ed Wood da atualidade, e compete seriamente com ele como o pior diretor de todos os tempos. Não trata-se de rinha da crítica ou do público. Qualquer pessoa, mesmo a mais inexperiente no assunto cinema, pode ver a má qualidade de seus filmes. “Má”, aliás, é elogio. Seus filmes são verdadeiros desastres cinematográficos, e deveriam ser motivo o suficiente para o diretor ser banido de qualquer produtora. Engraçado o fato de atores razoavelmente conceituados aceitarem embarcar em navios que com certeza afundarão antes de iniciarem sua viagem. Obviamente, o desespero em uma carreira parada é o pavio para esse estranho comportamento acontecer.

Além de fazer filmes ruins, Boll também é especialista em frustrar fãs de vídeo-games, ao estragar jogos populares com produções “B” (de “barato” e agora de “Boll”) do pior nível. Aconteceu isso com House of the Dead (na realidade não fazia muito sentido adaptar esse jogo para um filme, de qualquer forma), com Alone in the Dark, um grande clássico estuprado pelo diretor (os motivos estarão citados mais para baixo) e acontecerá isso com Far Cry e Postal, filmes que ele dirigirá a partir de 2007. Podem me cobrar depois. Para quem não sabe, nos games, Alone in the Dark foi a principal inspiração para a famosa série Resident Evil, sendo muito mais assustadora, embora menos popular.

A história fala de Edward Carnby, que descobriu um importante artefato na América do Sul que pode significar um passo importante para cientistas que estudam o sobrenatural desvendarem os segredos de uma civilização antiga, ao mesmo tempo em que ele descobrirá informações importantes sobre seu passado, que o colocarão em risco de vida. Na realidade, o enredo é absurdo e confuso, e não tem absolutamente nada a ver com o jogo que o originou. Bem pelo contrário, não há nada aqui sobre “estar sozinho no escuro”, e tudo funciona como justificativa para as horríveis cenas de ação e aparições de criaturas computadorizadas de terceiro nível. Há pelo menos uma leve evolução em relação ao último filme do diretor – House of the Dead – que considero um dos cinco piores filmes já produzidos na face da Terra. Isso porque as cenas são um pouco menos ridículas aqui. Um pouco!

Como não poderia deixar de ser, Uwe Boll continua mostrando sua falta de habilidade com a câmera e com seus atores, que entram no ritmo do diretor e desempenham atuações pífias. Em parte por serem atores limitados por si só; mas, para não ser totalmente injusto com eles, a culpa principal é do roteiro, que possui pouco pé e nenhuma cabeça, e é dirigido sem nenhuma noção de lógica por Boll, que se limita a filmar uma seqüência após a outra de qualquer jeito. No final, tem-se um filme feio (esteticamente), mal interpretado e incrivelmente monónoto, por não haver ritmo nem motivo algum pelo qual alguém se interessaria pelo destino dos personagens.

Esse era um filme que poderia ter passado em branco para mim. Fiz questão de assisti-lo pelo fato de Alone in the Dark ser um de meus games preferidos de todos os tempos. Não há nenhum sinal do jogo, a não ser o nome do personagem principal, nesta nova monstruosidade de Boll, que continua fazendo fama por sua mediocridade absoluta. Percebendo que não conseguirá entrar para a história como bom diretor, ele quer figurar ao lado de Ed Wood como o pior de todos os tempos, o típico “falem mal, mas falem de mim”. Enquanto algum produtor descerebrado continuar injetando dinheiro em seus filmes, esse objetivo se tornará cada vez mais próximo de ser cumprido. E é o que está acontecendo: Boll tem pelo menos três projetos em execução, no momento em que estas linhas estão sendo escritas. Peste!

Comentários (2)

Cristian Oliveira Bruno | sexta-feira, 22 de Novembro de 2013 - 16:14

Nunca fui muito fã do jogo, mas esse filme consegue ser um dos piores de todos os tempos!! Christian Slater perece o Bill Paxton de tão ruim!!!

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