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Críticas

Cineplayers

Um épico feito para a TV com pinta de superprodução.

7,0

Hoje a tarde eu tive o prazer de assistir um bom épico: Átila, o Huno, de Richard Lowry (de também O Clone Assassino). Um filme novo, de 2001, feito para a TV, mas que contém características de filmes antigos, principalmente o charme e a desenvoltura com que o enredo maravilhoso se desenvolve. Ah, antes que eu esqueça de comentar, um filme de 178 minutos, então prepare-se.

A história gira em torno de Átila, como o próprio nome sugere, e conta como foi a sua caminhada para tornar-se um dos maiores líderes da história. Com seus pais mortos no início do filme, ele é criado pelo seu tio, que já tem um sucessor para o trono. Como guerreiro, conseguiu impor medo até na gigante Roma, que com sua crueldade e esperteza vai tentar de tudo para não ser atacada pelos exércitos do guerreiro principal. Eu falei pouco porque tenho medo de estragar surpresas, que são o ponto forte do enredo. É um dos filmes com o maior número de reviravoltas que já vi. Achei incrível como ele conseguiu ter uma evolução perfeita, sempre com suas traições, conquistas e romances no tempo certo, o roteiro está de parabéns nesse ponto.

A fotografia é outro ponto forte. Cenários lindos, locais que nem são possíveis de se imaginar que realmente existem dão os ares visuais para a obra. As batalhas, como não poderiam deixar de faltar, estão em excelente número, e com um detalhe bastante positivo: elas não são todas iguais. O que é ruim em um filme desse tipo? Justamente as batalhas, quando são repetitivas e acabam tornando-se enjoativas. Porém, em "Átila, o Huno", elas são inovadoras a cada uma. Um exemplo do porque isso acontece é que elas acompanham a evolução da época. Os personagens no início, fracos e sem poder, lutam somente com cavalos, espadas, etc. No final eles já estão com armaduras, legiões, táticas de combate, catapultas, etc.

Cada personagem tem sua característica muito bem trabalhada, deixando claras as ambições, fraquezas e virtudes. Estou realmente impressionado que, pelas longas horas do filme, não senti o tempo passar. Fiquei totalmente preso à ele, por tudo o que eu falei. As interpretações estão excelentes, e até o imperador, sendo meio retardado, incluiu um pouco de humor à trama. Uma vez ou outra o ritmo pode ficar mais lento, mas nada que comprometa tanto assim.

O ator principal, Gerard Butler (de Drácula 2000), mandou muito bem em sua interpretação, captando tudo o que um grande líder propõe. Os outros atores, como Simmone Mackinnon e Tim Curry, também foram bem, inclusive recebendo elogios da crítica mundial. A história, vale lembrar, não cai para o lado fantasioso, como em O Senhor dos Anéis, com monstros e tal, é baseada na realidade mesmo, somente combates entre humanos (se é que podemos considerar aqueles brutos humanos).

As músicas e efeitos sonoros representaram também tudo o que o filme necessitou, não deixando a parte sonora atrás da visual. Aliás, a visual é melhor sim, mas isso não tira o mérito do ótimo som apresentado.

Aconselho a todos que gostam de épicos, com uma história envolvente e cheia de reviravoltas, belas imagens e muitos combates. Um excelente filme que me surpreendeu bastante.

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