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Críticas

Cineplayers

Uma aberração que não deveria ter chegado aos cinemas - coisa de diretor pretensioso.

0,0

O diretor é Robert Rodriguez. Esse sujeito estreiou incrivelmente bem no mundo do cinema com o pequeno, mas divertido e bem inteligente El Mariachi, na primeira metade da década de 1990. Seu último grande filme comercial é Sin City, considerado uma obra-prima das adaptações de quadrinhos para o cinema - deve chegar ao Brasil na próxima semana. Por que diabos, então, ele dirigiu esse troço?

São dois os motivos: (1) Spy Kids 3D foi um sucesso razoável, trazendo novamente os filmes que utilizam o efeito óptico de 3D (com o uso dos óculos bicolores) ao cinemão, depois de muitos e muitos anos sumidos e (2) ele quis filmar uma história concebida por seu guri, filhinho de sete anos de idade - isso é óbvio durante toda a projeção. Ele pode, infelizmente. Seus fãs mais ávidos deveriam é ignorar que esse projeto de filme - que tem a cara de um episódio para a televisão de programa de ação infanto-juvenil dos mais mal realizados possíveis - chegou um dia aos cinemas.

As passagens em 3D envolvem 75% do filme e realmente são o único motivo pelo qual um ser humano passaria pela experiência de desembolsar um centavo que seja para poder assistir ao filme. Não vale falar da sinopse pois não há um roteiro, verdade seja dita, apenas uma desculpa para mostrar esse tipo de cena. É um trabalho bem colorido - as próprias roupas dos personagens-título denunciam isso, mas os efeitos especiais são incrivelmente toscos e ficam, literalmente, muito abaixo do que qualquer aparelho de videogame pode realizar atualmente.

Os atores mirins já se queimaram com o filme - suas carreiras certamente estariam no limbo para todo o sempre se dependesse de seus talentos. Na prática não é o que acontece: o garoto pancadão (que possui a mesma expressão durante todo o filme) que interpreta Sharkboy já está escalado para a sequência de Doze é Demais. Enfim, ficam os meus três preciosos conselhos: (1) FUJA; (2) FUJA; (3) FUJA.

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