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Críticas

Cineplayers

Uma mistura de bons e maus momentos fazem desta sequência um filme bem irregular - com certeza inferior ao original.

6,0

Inglesa Chata, Ingleses Maravilhosos

A heroína trintona volta aos cinemas. A continuação de “O Diário de Bridget Jones”, escrito por Helen Fieldin, agora recebe o subtítulo de “No limite da Razão”. Sharon Maguire não assina mais a direção e o posto passa para Beban Kindron (Para Wong Fu, Obrigado por Tudo!).

Pensando menos em emagrecer, mas ainda em parar de fumar, Bridget Jonnes (novamente uma Renée Zellweger rechonchuda) está  finalmente namorando o advogado Mark Darcy (Colin Firth). Cavalheiríssimo e louco por Bridget, ele se mantém com uma paciência admirável para as neuroses, e até mesmo insanidades, da inglesa.

Com um namorado muito bem sucedido, ela se vê numa situação adversa a dele. Assim sendo, tem que aturar o novo chefe que a manda para um trabalho com o canalha Daniel Cleaver (Hugh Grant, inglês até a ponta do seu cabelo espetadinho, como sempre). Brigada com o namorado por não se achar à altura dele, indo viajar pelo mundo com o velho conhecido Daniel (muito bem conhecido, diga-se de passagem), não dá para achar que vai dar tudo certo, não se tratando de Bridget Jones!

Cenários mais quentes que Londres, uma morena linda despertando ciúmes e uma cadeia internacional estão na nova trama. Somado a isso, música, muita música. Algumas perfeitas para seus momentos (como “All by Myself” no primeiro filme), outras nem tanto. Nos momentos de declarações finais do filme parece que tem alguém mudando as estações de um rádio, tamanha variação de ritmos.

Pois bem, justificando meu título: Renée interpreta uma balzaquiana neurótica ao extremo. Bridget está chata! Se todas as mulheres ficassem assim aos trinta anos, elas cortariam os pulsos aos 29. Estabanada, passa por situações muito absurdas. Parece que o roteiro quis nos convencer de que ela é burra. Mas ela não é assim! Pelo menos não era. Se fosse chamar de carma tudo que a mulher passa nas quase duas horas do filme, daria para dizer que ela está penando o que estava acumulado de umas três vidas.

Mark encara a mente perturbada dela com uma calma e educação louvável. Com a insegurança saindo pelos poros, e guiada por amigos frustrados (no mínimo), termina com o seu herói (e nosso, afinal ele a atura), porque ele não a pede em casamento. Mas, o ponto de partida do filme diz “oito semanas de amor...” - em dois meses ela já quer casar? Colin está ótimo, assim como Hugh. Eles são a graça real do filme. Atuações excelentes e textos bem mais sóbrios que os de Renée. Mesmo a cena da briga deles, em que dois homens de mais de 30 lutam de uma forma mais desajeitada que duas irmãs com menos 10. Pensamos logo: "de novo? Já não vimos isso no primeiro?". Mas ficou bom, sabia? De novo.

Os amigos e a parentada se mantêm, embora seja uma pena que os pais não tenham tanto espaço quanto no primeiro “Diário”. Um romance bem dirigido e com excelentes atores. Uma heroína genial, que era espelho de muitas mulheres com seus 30 e poucos, que ficou a mercê de músicas para empolgar e um roteiro engasgado. Que pena!

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