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Críticas

Cineplayers

Sessão da tarde vindo da Coréia do Sul.

2,5

Lembra aqueles filmes americanos muito em voga nos anos 80, e que se tornaram clássicos da Sessão da Tarde, em que um jovem a toa em casa ou meio encrencado na faculdade acabava se envolvendo, em companhia apenas do melhor amigo e da namoradinha, na solução de um crime cabeludo que acontecia na vizinhança? E a polícia nunca acreditava nele, só atrapalhava, fazendo com que ele se envolvesse em muitas confusões?

Mesmo lá na Coréia do Sul, Hong-jin Na viu muito destes filmes, o que serviu de base para sua estréia no cinema. A história tem como fio condutor Joong-ho Eom (Yun-seok Kim), um detetive que virou cafetão e descobre que o cliente a qual uma de suas meninas está atendendo está envolvido com uma série de desaparecimentos de garotas de programa.

A partir daí começa uma perseguição meio esquisita no melhor estilo gato-e-rato entre Joong-ho e Young-min Jee (Jung-woo Ha), o tal serial killer. Tudo isso é só uma deixa para que Hong-jin use e abuse de cenas engraçadinhas, e piadas para cima da polícia sul-coreana, a tratando como desleixada, idiota e cheia de policiais bobões.

Só assim para explicar como que a polícia, mesmo tendo uma confissão de Young-min de que ele matou algumas garotas, não o prende, ou como em uma cena-chave a policial responsável não consegue prevenir uma tragédia. Isso ainda sem falar de outros furos de roteiro, como a maneira em que Hong-jin consegue achar Joong-ho, ou descobrir aonde é a casa dele futuramente, para mencionar apenas dois. E para não falar ainda da maneira completamente desnecessária em que insere uma menina chata, mas fofinha (a filha da prostituta que está nas mãos de Joong-ho), para dar um ar mais simpático e emocionante à trama.

A decupagem tenta dar corpo a este espírito meio juvenil do filme, de planos rápidos e uma sucessão de cenas engraçadinhas e cenas de ação e perseguição. Nada disso ajuda no âmbito geral do filme, que ainda sofre com a completa falta de personagens verossímeis, pois eles não se cansam de reagir à determinado estratagema criado provavelmente porque existe algum mercado para este tipo de filme na Coréia.

Comentários (6)

Rafael Calazans | sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2013 - 02:43

Texto muito tosco!! Uma pena mesmo..

Barbara Rudge | quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015 - 10:42

O crítico, afim de fazer valer sua opinião, acusa o filme a partir de argumentos inócuos, que só revelam a sua inobservância ao que se passava na tela. Sou totalmente pró críticas pessoais, mas elas só podem almejar alguma relevância, conservando a legitimidade de reflexão sobre uma obra artística, se apresentarem alegações que contenham o mínimo de objetividade. Ou seja, pode-se atribuir juízo de valor a um crítica, mas tanto os aplausos quanto os desaplausos necessitam de sustentação sólida, geralmente de caráter teórico/técnico. Nesta crítica só se observa um desfile de adjetivos que tornam a argumentação pueril e sem qualquer credibilidade. Ao trilhar o caminho mais curto para expressar-se - talvez por preguiça -, o autor perdeu a chance de ter seu ponto de vista considerado.

Por exemplo: "Só assim para explicar como que a polícia, mesmo tendo uma confissão de Young-min" - a polícia não tinha provas concretas; acreditava na possibilidade de que ele fosse apenas um lunático.

Lucas Nunes | quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2015 - 02:25

Isso é tudo, menos uma critica.

Anderson Paulo De Oliveira De Almeida | domingo, 14 de Outubro de 2018 - 21:48

Acredito que uma boa crítica deve ter argumentos válidos, o texto deve deixar claro que o sujeito conhece pelo menos o básico de linguagem cinematográfica; o que acabei de ler foi um texto que me soou bem infantil. É uma pena o que acabo de ver, pessoas que se dizem críticos, ofuscando bons profissionais. Pô o cara devia pelo menos falar sobre a iluminação, sobre a fotografia com tons sombrios, sobre o elenco que está excelente, sobre como em vários momentos o grotesco anda junto com o trágico, como o roteiro flerta com a crítica social ao dar um tom cartunesco da polícia coreana ao indicar a sua incompetência, como que cada frame nos dá a sensação de perigo constante... Cadê essa análise? Sinceramente, os críticos do Cineplayers já foram melhores mesmo que eu discordasse e muito de suas opiniões. Por favor, se não quer ser crítico de cinema vai procurar outra coisa, tem muita gente competênte por aí procurando um espaço.

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