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Críticas

Cineplayers

O novo filme de Jet Li no mercado Ocidental não apresenta nada de novo além de algumas lutinhas bacanas.

4,0

O alto número de elogios a esse recente filme de Jet Li me despertou certo interesse, agora que ele chegou às locadoras. O ator chegou voando ao mercado norte-americano como coadjuvante de Máquina Mortífera 4 e de lá para cá vem tendo uma carreira consistente, embora jamais tenha feito um filme que realmente prestasse nesse mercado. Recentemente ele fez Herói, não por coincidência, um filme não-americano. De qualquer forma, seus fãs não têm do que reclamar, as lutas presentes em filmes como Romeu Tem Que Morrer, O Confronto, etc. são sempre ágeis e, em sua maioria, divertidas. Esse é o ponto de seus filmes.

Cão de Briga é outro desses filmes. Dirigido pelo diretor francês (é uma co-produção com a França) responsável pela “série” de filmes Carga Explosiva, o ponto central são mais lutas estilosas. O roteiro – pasmem! – não apresenta nada de novo, e como se não bastasse isso, ainda tem muitos problemas: um homem foi condicionado a viver como um cão depois de ver sua família ser assassinada quando criança? E retirar a coleira de seu pescoço o transforma em uma máquina mortífera de luta, indefensável? Nem a tentativa de se criar um personagem mais aprofundado, que deve reaprender a viver em sociedade com a ajuda de um senhor cego (Morgan Freeman, fazendo o básico) ao mesmo tempo que aprende sobre o amor com a filha desse mesmo senhor, justifica essa bobagem. No final, o que ganha destaque são as cenas de luta mesmo.

E elas pelo menos são atraentes? Claro que são. As lutas aqui são rápidas, variadas e bastante divertidas. Não são tão interessantes quanto em O Beijo do Dragão (as melhores dos filmes Ocidentais do ator, em minha opinião) e não existem em quantidade muito grande. O filme realmente tenta investir no drama e na construção de uma história que, como já foi comentado, é limitada por si só. A justificativa para que as lutas ocorram também são desastrosas, ou seja, foram muito mal encaixadas no roteiro. No final das contas, deve-se tentar apreciá-las como cenas independentes de uma história maior.

Este filme pode estar sendo visto como um dos melhores que Jet Li fez com dinheiro americano, mas na realidade é apenas uma grande bobagem. Obviamente quem curte filmes de luta não concordará, e tem todo o seu direito. Mas, como cinema, Cão de Briga é um desperdício de tempo e não apresenta um frame sequer de originalidade. E aqui vale a velha frase: como diversão ligeira, é uma recomendação certa, agora se você estiver atrás de algo mais substancial, passe longe, muito longe. E tenha medo, muito medo.

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