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Críticas

Cineplayers

Quando a juventude salva o banal.

4,5

John Green é uma máquina de fazer jorrar dinheiro no mundo todo. Rapidamente esse americano se tornou o novo Midas da indústria literária e vem lançando livros a toque de caixa, sempre atingindo grande público e alimentando o fã clube (que sim, já existe). O estopim de toda essa massificação deu origem ao filme que entra em cartaz neste fim de semana numa sana louca de mais e mais grana ao redor do globo. E os prognósticos são os mais felizes possíveis. Bom pra Fox.

Green vem ganhando baldes de dinheiro através de um filão que já tinha parido Nicholas Sparks, outro autor americano das chamadas young adults, novelinhas romanceadas cheias de açúcar escrito quase exclusivamente para mocinhas dos 12 aos 19 anos. O problema é que Sparks é lindo por todas as idades cada vez mais, e Green... bem, esse deve superar o antecessor em tudo. E olha que o cara tem só 36 anos e A Culpa é das Estrelas é só seu quinto livro. 

Apesar de toda festa e pompa, a verdade é que Green lida com elementos já escritos e re-escritos há décadas (vide o próprio Sparks); lógico que a primeira história adaptada de um romance dele não seria diferente. E eu ainda estou aqui, gastando latim pra contextualizar um filme que não ajuda em nada a escrever um bom texto.

Os fãs podem me xingar, podem me bater e fazer macumba, mas a verdade é que já vimos A Culpa é das Estrelas antes. Assim como John Green não prima pela originalidade, o diretor Josh Boone sabia que teria uma máquina de fazer dinheiro na mão e foi na boa. Ou seja, ganhamos inteiramente de grátis o produto requentado mais esperado de 2014; é o boy meets girl versão dodói.

O que no fim das contas empurra o produto até o fim com carisma e talento é o casal Shailene Woodley e Ansel Elgort, recém saídos do sucesso Divergente (Divergent, 2014) e que aqui enchem de química a tela, e é dessa química que brota a emoção, não dos chavões romântico-clichê que o filme amontoa. A partir da interação entre os dois jovens e ótimos atores o filme funciona, e aí nada disso tem a ver com John Green e suas "ideias originais".

Comentários (29)

Yuri Alves | sábado, 21 de Junho de 2014 - 19:14

Gente, não é só porque o filme é ruim que não vamos caprichar nas críticas, né? Pô, quatro parágrafos de texto até o filme ser citado, e depois algumas frases que não falam muita coisa... Deu uma preguicinha aí, né?

Mas ó, acho que um filme deve ser "revolucionário" sim. Digo isto no sentido de que ao sair do cinema ou fechar o arquivo .rmvb legendado (risos), temos que pensar que vimos alguma coisa concreta, uma realidade diferente. "A Culpa é das Estrelas" é um frankenstein de todos os clichês românticos, por isso acaba sendo um filme sem personalidade, sem significado. Acho que foi isso que o Carbone quis dizer :)

Cristian Oliveira Bruno | segunda-feira, 23 de Junho de 2014 - 05:30

Sabe quando uma pessoa nunca sequer lhe fez nada e, mesmo assim, você simplesmente não vai com a cara dela... Esse filme é assim pra mim.

Osmarina Cerqueira Souza Farias | sexta-feira, 27 de Junho de 2014 - 23:59

Já li 5 dos 6 livros do John Green e vi o filme. Eu sinceramente não vejo sentido em ter transformado o livro em filme, o livro tem um apelo emocional muito grande, é basicamente um cliché Hollywoodiano. É um livro ótimo, mas como filme ? Não conseguiria ver uma versão desse livro pro cinema que iria me agradar. Poderia ter sido mais um daqueles filmes que lançam em dvd mas nunca passaram no cinema. John Green é um ótimo escritor, realmente recomendo, mas os livros dele só prestam mesmo no papel e com o uso da imaginação de cada um.

Wagner Amorim | terça-feira, 29 de Julho de 2014 - 23:27

Com todo respeito a crítica feita ao articulista acima, mas a sua opinião sobre o filme mais releva um pitada de inveja do sucesso do escritor John Green do que uma falta de qualidade do filme ou da obra literária. É muito chato ter um site de críticas de filmes, da qualidade que é Cineplayers, frente a um crítica tão rasa e cheia de revanches desnecessários como demonstrado por F. Carbone.
Ainda que saibamos da pretensão de qualquer ser humano em querer trazer a sua verdade, com base na sua convicção, mas rechaço qualquer tipo crítica sem nenhum argumento consistente. O filme pode ter erros em alguns pontos da narrativa, mas transborda em contar uma história com uma sensibilidade tamanha.

Ter chorado ou não ao assistir o filme ou ao ler o livro não significa que o filme é ruim por si só... é preciso mais.

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