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Críticas

Cineplayers

Simples, bobo, mas serve como passatempo. Jennifer Lopez está horrível novamente.

5,5

Sabe aqueles filminhos que de tão despretensiosos e bobinhos acabam nos conquistando, mesmo com uma trama para lá de batida? “Dança Comigo?” se encaixa perfeitamente neste tipo. Não vai mudar a vida de ninguém, mas vai entreter até as luzes do cinema se acenderem, deixando um belo sorriso no rosto de quem o assistiu.

Refilmagem americana de um cultuado filme japonês de 1997, que aqui recebeu o mesmo título, e roteirizado por Audrey Wells (a mesma que escreveu e dirigiu o divertido “Sob o Sol de Toscana”), teve como diretor Peter Chelsom (“Escrito Nas Estrelas”), que enfrentou um grande problema: como transpor a história de um advogado que esconde da família que está tendo aulas de dança? Para a cultura japonesa, esse tipo de atividade realmente não é vista com bons olhos, mas para nós, ocidentais, esse assunto já é ultrapassado há tempos. A solução encontrada foi colocar um personagem coadjuvante (o careteiro Stanley Tucci) que tem problemas com sua sexualidade, o que acaba por definir melhor a situação, que na verdade nem incomoda tanto assim.

O que realmente me deixa preocupado é que continuam a dar papéis para Jennifer Lopez (que inclusive brigou com Richard Gere durantes as filmagens e acabou se recusando a promover o filme). Essa moça devia, de uma vez por todas, largar o cinema e se dedicar somente às suas cantorias (pois pelo menos deve haver gente pra comprar e escutar seus CDs). Aqui, ela novamente revela seus dotes dramáticos, se é que há algum, como a instrutora-sofrida-que-faz-cara-de-choro que acaba por se envolver com o advogado vivido por Gere, outro que não é lá grandes coisas como ator mas que mantém o famoso charme intacto, mesmo com o passar dos anos. Uma pena é ver a maravilhosa Susan Sarandon, no papel de esposa de Gere, relegada a simples coadjuvante. Nem preciso dizer que Sarandon rouba todas as cenas em que aparece.

Lembrando certas vezes o musical australiano “Vem Dançar Comigo” (dirigido por Baz Luhrmann, de “Moulin Rouge - Amor em Vermelho” em início de carreira), o filme consegue agradar mesmo com seus defeitos (não consigo tirar da cabeça a cena em que Gere vê Lopez na fachada da academia de dança – Lopez fazendo cara de poste!). Uma definição geral: passatempo.

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