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Críticas

Cineplayers

Com mais humor e mais ação, Homem de Ferro volta aos cinemas, mas não consegue surpreender como o filme anterior.

6,0

Com o mercado cheio de títulos baseados em histórias em quadrinhos, era cada vez mais difícil entrar em uma sessão do gênero e sair satisfeito com o resultado.

Guardadas poucas exceções, as adaptações eram sofríveis e muitas vezes chegavam a deturpar os personagens retratados ou, preocupadas demais com o visual, esqueciam que um filme vai além dos efeitos especiais e precisa ter uma história de verdade.

Entre as exceções, surgiu o primeiro filme Homem de Ferro. Ainda que o personagem não fosse um dos favoritos do público, o respeito a suas características básicas, somado ao carisma e talento de Robert Downey Jr. e a um roteiro bem amarradinho, fizeram do filme um sucesso e agradaram aos fanáticos do gênero.

Com o sucesso, seria natural que houvesse uma sequência. Natural também que as expectativas para o novo filme fossem muito maiores do que para o primeiro.

Homem de Ferro 2 chega sexta-feira aos cinemas nacionais e traz de volta o playboyzinho cabeçudo Tony Stark. Agora ele tenta reverter os danos causados pela sua indústria à humanidade e fazer a paz.

Sua armadura é objeto de desejo das forças armadas estadunidenses e de um concorrente, o vilão Justin Hammer. Ao mesmo tempo, Ivan Stanko, o filho de um antigo colaborador russo de Stark, resolve se vingar do herói.

A Viúva Negra e a SHIELD, agência internacional que trabalha junto com os Vingadores - grupo de super-heróis do qual o Homem de Ferro faz / fará parte - também aparecem no filme.

É fato que o excesso de histórias ficaria melhor se dividido em mais de um filme e que as mesmas não receberam a atenção e o arremate devidos. Sem falar que o tempo de filme poderia ser reduzido drasticamente.

Com diálogos engraçadinhos e muitas cenas de ação, cheias de efeitos especiais e coreografias de luta, o filme é daqueles que cumpre o seu papel primeiro de divertir e fazer com que seu público tenha pelo menos duas horas sem pensar em nada.

Mas ainda que tenha um resultado positivo, se excede em alguns pontos e tem soluções tão fáceis e batidas que podem incomodar, como achar aquela mensagem gravada há um tempo e que ninguém sabia que existia, ou a providente proximidade de Nick Fury.

A quantidade de piadas no roteiro é outro problema. A impressão que fica é a de que todas as cenas precisam ser arrematadas com risos, o que nem sempre funciona e pode cansar e atrapalhar o desenvolvimento do filme.

Sem tantos problemas, algumas modificações também foram feitas na história. Por exemplo, não são exatamente os problemas de Stark com o álcool que fazem Rodhey, o amigo fiel, assumir a armadura do herói. E a função de motorista continua sendo de Happy Hoogan, papel vivido pelo diretor Jan Favreau.

Do lado positivo estão os efeitos especiais, a trilha sonora sensacional e o elenco. O Tony Stark de Downey Jr. continua delicioso e fica ainda melhor ao assumir toda a sua divertida arrogância, Mickey Rourke também está bem como o vilão russo e o Justin Hammer de Sam Rockwell está caricato na medida certa.

Do lado feminino, Scarlett Johansson aparece estonteante como a Viúva Negra e tem a melhor cena de luta do filme. Gwyneth Paltrow continua fraquinha, mas está mais solta em sua segunda vez no papel.

Ainda que seja mais problemático do que o primeiro, O Homem de Ferro 2 é ainda um dos exemplares de adaptações de HQ's que promete agradar mais do que desagradar. Pelo menos aos fãs do gênero.

Entre risos, explosões e choques elétricos, o filme também funciona bem para quem entra na sala sabendo que está indo ver um filme única e simplesmente para se divertir.

Comentários (1)

Cristian Oliveira Bruno | quinta-feira, 28 de Novembro de 2013 - 13:21

A melhor cena é a da corrida, logo no início. Muito bem feita e filmada.

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