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Críticas

Cineplayers

Comédia romântica como centenas de outras, mas que por não irritar a inteligência do espectador pode ser recomendada.

6,0

Diane Lane chegou à maturidade com esse tipo de papel: mulher divorciada ou infeliz no casamento ou em crise procura desesperadamente por um novo amor, alguém que a complete e que a faça feliz (Sob o Sol de Toscana e Infidelidade são dois exemplos). Durante todo o filme sua personagem sofrerá desgostos e decepções, enquanto o príncipe encantado - ou pelo menos um cara normal que goste dela - passará várias vezes ao seu lado, até o fatal final feliz. Aqui ele é interpretado por John Cusack, em outro "desses" papéis em sua carreira.

Filmes como esse são filmes feitos para um público feminino sempre ávido pelas mesmas histórias, que não se importa com a previsibilidade dos acontecimentos. Esse público geralmente identifica-se com a personagem principal, vaia o galinha que quer aproveitar-se dela, pega a mão firme do namorado que a acompanha quando o tal príncipe passa ao seu lado e ela nada percebe. Há sempre um bom espaço para esse tipo de filme no mercado, e eles continuam chegando em bom número, ano após ano.

No caso deste Procura-se um Amor que Goste de Cachorros (nome coerente com o título original em inglês, embora possa não parecer), não há nada de errado em gostar do filme. Sim, temos aqui um novo lançamento previsível - mais do que a média, inclusive - mas foi feito de forma tão agradável que fica difícil reclamar demais. Algumas cenas irritam de tão bobas, mas de maneira geral é um filme recomendável para uma sessão leve.

O ruim é mesmo ver John Cusack, sempre um ator muito bacana, renegado a papéis desse tipo, o típico sujeito legal - não é um supermodelo, mas é sensível e as garotas geralmente gostam dele. Sua carreira vem se repetindo entre thrillers e comédias românticas. Geralmente são bons filmes, mas está mais do que na hora de ele dar um passo maior, de fugir desses estereótipos. Infelizmente, em Hollywood, poucos atores podem realmente escolher os papéis de seus sonhos.

Em alguns momentos há uma tentativa válida de aprofundar o assunto do amor, ou da falta que ele faz, ou mesmo das lembranças que um velho amor pode trazer. Blá blá blá! Assuntos recorrentes do cinema desde o seu primórdio, que não precisariam realmente ser revisitados por anos e anos, mas que, como já fora comentado, possuem um razoavelmente grande nicho de mercado que deve ser explorado. Se forem filmes agradáveis que não ofendam demais a inteligência do espectador, como este aqui, está tudo bem.

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