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Críticas

Cineplayers

Um roteiro que dá sono, onde qualquer coisa é motivo para dar tiros e mais tiros, só que tudo da pior qualidade.

1,5

Às vezes acho que sou masoquista. Só assim para explicar a minha ida ao cinema para ver esta verdadeira bomba. O mais agravante é que assisti ao antecessor e detestei. Sério, gostei ainda menos desta continuação, e cada vez mais concluo que adaptações de games para as telonas não dão certo. É só verificar a infinidade de projetos que já saíram, todos ruins. Confesso que nunca fui fã destes jogos – até tentei jogar Resident Evil uma vez, sem sucesso e simpatia. Fui criado com os Atari e Master System da vida, e esse jogos modernos e com joysticks com mais de três botões simplesmente não são para mim. Mas o pessoal que curte brincar com esses jogos eletrônicos até devem achar alguma graça nos filmes, mas as pessoas leigas devem passar longe.

O engraçado é que as pessoas que desenvolvem os games são fetichistas. Só assim para ver uma heroína como a interpretada com aquela (parca) vestimenta por Milla Jovich, e também por Angelina Jolie nos (também) horríveis filmes da Lara Croft. Jovovich, aliás, é a única que parece se divertir com o filme – ela, que parece ser bastante maluquinha também na vida real. O resto é medíocre, sem imaginação e totalmente dispensável.

O diretor do original, Paul W.S. Anderson, pulou fora do comando desta seqüência ao ser convidado para dirigir Alien vs. Predador, e continuou aqui apenas como roteirista e produtor. O comando ficou com o estreante Alexander Witt, que manteve o (baixo) nível do primeiro. O filme pega o gancho e acompanha a luta de Alice (Jovovich) novamente, agora presa dentro de uma cidade, Raccoon City, contaminada pelo tal componente químico da empresa malvadona Umbrella, que transforma os seres humanos em zumbis que se alimentam de carne humana, transformando os seres sadios em figuras mortas-vivas apenas com uma mordida.

Alice não vai ser a única caçada pelos zumbis, cães mortos-vivos e um monstrengo capenga (sério!). Ela é acompanhada por Jill Valentine (Sienna Guillory, que deve ter sofrido ao compor sua personagem, também vinda dos games – sua Valentina sofre um sério distúrbio de personalidade, às vezes é forte e destemida, outras vezes fraqueja e transparece fragilidade), Carlos Oliveira (Oded Fehr), Major Cain (Thomas Kretschmann) e mais alguns outros futuros cadáveres ambulantes.

Não há como não ficar com sono ao acompanhar tamanha baboseira. O roteiro (se é que ele existe) é só um emaranhado de situações que permitem ao diretor jogar para a tela uma série de tiros, correrias e perseguições. As soluções encontradas para explicar peças-chaves do filme são risíveis e ainda inventaram um cientista (Jared Harris, como sempre em papel bizarro) que tentará manipular os sadios dentro da cidade para tentar resgatar sua filha que ficou dentro da cidade infestada. Conselho de amigo? Vá jogar videogame, que é melhor.

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