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Críticas

Cineplayers

Sylvester Stallone volta às telas com o seu mais famoso personagem de forma brilhante.

8,0

Muitos riram quando Sylvester Stallone anunciou que estava interessado em tacar o projeto de Rocky 6 para a frente. Hoje, entitulado de Rocky Balboa, sucesso de crítica e público, muitos se surpreenderam com o modo como Stallone conseguiu apimentar o filme com um ar extremamente nostálgico, com o climão conhecido de Rocky - Um Lutador e, principalmente, um sentimentalismo forte que emocionará a todos os fãs da série.

A história é simples: Rocky está velho e vive de um pequeno restaurante, contando histórias de seu passado para os clientes. Tem um filho que vive à sombra do pai, sofrendo com a sua fama, e sua tão amada esposa, Adrian, faleceu há um certo tempo de câncer. Quando um programa de computador simula uma luta entre o Rocky no auge de sua forma e o atual campeão, com a vitória do ex-campeão, surge a oportunidade que ele esperava para subir aos ringues novamente, enfrentando (mais uma vez) todas as dificuldades que o cercam.

Procurando preencher algo que ficou vazio ao longo do tempo, Stallone constrói o perfil do personagem com um ar amargo, de saudade, trabalhando muito bem com a nostalgia daqueles que viram o filme há muitos anos e com aqueles que simplesmente amam o primeiro Rocky. Flashbacks dos demais filmes são constantes e isso foi um tiro certeiro, já que a todo momento somos relacionados com o nosso passado através das próprias lembranças de Rocky (não nos emocionamos apenas por ele lembrar do passado dele, mas por lembrarmos do nosso através de suas lembranças).

Revisitar os lugares clássicos do primeiro filme e trabalhar com vários dos mesmos personagens também foi outra sacada de Stallone, que apostou no sentimentalismo muito mais do que em fazer algo moderno, tecnológico. A construção dos personagens é precisa e passamos a nos importar de verdade com os rumos que suas vidas tomam. Rocky não tem muito dinheiro, mas também não está ferrado, e isso transparece no filme. É o mesmo ambiente, o mesmo lugar. E o carisma de Rocky é o carisma de Rocky, já que algumas coisas que ele diz ou faz poderiam parecer extremamente piegas ou escrachadas se fossem realizadas por outros atores - Stallone é bom ator e pronto, apenas não é tão respeitado quanto deveria.

E a luta, que poderia ser o grande ponto fraco do ator, mostrou-se uma grande e bela surpresa. Trabalhando corretamente com o óbvio, Stallone apresenta-se em forma e bem ensaiado durante todos os rounds (e, graças a Deus, com poucos cortes rápidos na montagem, que tanto detesto). Sua movimentação, seu jeito desajeitado de bater e, claro, sua resistência característica de Rocky foram muito bem adaptados à idade do personagem. Não espere ver um boxeador surreal, pois Stallone manteve o pé no chão durante todo o filme e isso é um ponto fortíssimo para o sucesso, o realismo com que trata tudo, o modo humano de retratar a todos.

Emocionante ao longo de toda a projeção, prepare o lenço, principalmente se for fã do personagem. A morte de Adrian, a visita ao local onde existia a pista de patinação, os personagens antigos remoendo o passado, o novo treino ao som de Gonna Fly Now, com direito a cachorrinho e tudo, vão fazer esta nova reciclada aventura se tornar inesquecível. Clássico instantâneo, vá assistir sem pensar duas vezes.

Agora é esperar para ver como Sylvester Stallone vai se sair com a ressurreição de outro ícone de sua carreira, o trator humano chamado Rambo.

Comentários (1)

Walter Sampaio | sábado, 20 de Fevereiro de 2016 - 18:46

filmaço!!!!!!!!!!!

só perde para Rocky o Lutador

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