Beleza Americana conta a história de Lester Burnham um chefe de uma família tradicional americana que, em plena meia-idade, começa a tomar decisões e dar a volta por cima em sua vida. Vivendo uma crise familiar, com casos extra-conjugais e a indiferença da filha.
A sociedade em que vivemos é coberta de aparências, e Sam Mendes com extrema maestria soube dessecar essas tais aparências, que ao longo da vida de algumas pessoas se tornam tao reais que já não sabem se aquilo é um papel ou a vida real.
Em Beleza Americana, a critica as famílias americanas (e porque não as famílias capitalistas como um todo?), com seus preceitos hipócritas, preconceitos e a venda de imagens se torna tão boa que dá até vergonha em certos pontos, de se perceber as vezes em certas passagens.
As atuações são perfeitas desde Annete Bening, como a mãe de familia perfeita com sua imagem a zelar, como ela sempre repete, a frase de seu concorrente e concubino, "para se ter sucesso deve-se projetar uma imagem de sucesso, o tempo todo". Mostra o quão superficial é Carolyn. Já que Kevin Spacey, como Lester Burnham, dá um show de interpretação, rendendo-lhe um Oscar, Lester que no inicio do filme já afirma que morrerá dentro de um ano e ao longo do filme vai mostrando o tão grande é enfadonha a sua vida, com sua mulher frigida, uma filha rebelde e um emprego por um fio. Com um certo envolvimento com uma amiga de sua filha, interpretada por Mena Suvari, Lester se solta de vez de suas amarras e decidi viver sua vida com simplicidade e sem a prostituição ao trabalho, a imagem e as aparencias.
O Oscar para o filme foi muito merecido, o filme traz a tona todos os preceitos de uma sociedade consumista, desde o militar linha dura, até a menina bonitinha da escola, que por dentro é digna de pena, nesta sociedade o consumismo é lei, a imagem e a superficialidade são filosofias de sucesso, e não há felicidade maior do que ter um carro do ano, roupa de marca e todas as futilidades que o dinheiro possa comprar.
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