Sem dúvidas, 10.000 a.C foi um dos filmes mais criticados quando lançado. Apesar de uma premissa muito interessante, o possante e canastrão Roland Emmerich conseguiu fazer deste uma bomba, em que quase todo mundo após assistir ao filme chega à essa conclusão.
Mesmo sendo nitidamente um filme para entreter (o cinema de Emmerich é isso), ninguém consegue digerir um filme que a todo instante brinca e subestima o espectador, como se qualquer coisa que fosse lançada à tela fosse satisfatória. Claro, que em muitos casos é assim (que o diga Quarteto Fantástico), mas aqui o que era pra funcionar no caso os efeitos visuais, não funciona em momento algum.
Emmerich conduz muito mal a maioria das cenas, especialmente o ato final; a computação gráfica é muito sem graça e ruim, além do excesso de azul que prejudica toda a composição fotográfica e visual do filme. A tentativa de ser épico chega a ser risível, especialmente a cópia (na cara larga, ainda!) de O Senhor dos Anéis, porém muito mal feita. A primeira sequência de mamutes é a única coisa que preste.
Os atores em sua maioria são desconhecidos. Steven Strait não convence como D´Leh, um líder que não possuí características para tal coisa, e seu personagem clichê e previsível ao extremo também não ajuda. Os olhos azuis de Camilla Belle são lindos, mas na atuação ela também não consegue fazer grandes coisas.
Grande parte das atuações e de tudo se deve a um roteiro muito mal feito. A tentativa de “épico” deve ter sido deixada de lado para dar uma resolução simples, rápida e fácil, mas que em nenhum momento conquista o espectador exigente e nem aquele mais simples.
10.000 a.C é uma grande bagunça como filme, e não tem nada a oferecer, nem mesmo com um produto de entretenimento. Emmerich comprova (salvo um filme aqui e acolá) que de fato é um péssimo diretor e bem canastrão.
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