O diretor Robert Zemeckis sempre gostou da tecnologia (até mesmo nos seus primórdios). No entanto, o diretor passou a usar “gráficos de Play Station” (por assim dizer) nas suas películas. Tudo começou em “O Expresso Polar”, resultado positivo, pois funcionou muito bem em um filme infantil. Agora, o diretor repetiu a dose em 2007 com o quase decepcionante “A Lenda de Beowulf”.
Após derrotar Grendel e despertar a fúria da mãe dele, uma batalha “lendária” aguardam Beowulf e mãe da mãe de Grendel (Angelina Jolie).
Sim, basicamente a história é essa. Digo desde já, que não li a obra, não farei comparações, e sim falarei do filme. O roteiro peca no desenvolvimento dos personagens, se por um lado o protagonista é bem apresentado (até demais, inclusive), o mesmo não pode se dizer da amante de Beowulf, e até mesmo suposto conflito em que o personagem de John Malkovich teria com o protagonista (até reduz o trabalho do ator).
Além disso, o filme se passa em praticamente dois lugares: a caverna sombria de Grendel e o salão de festas e ou conflitos, ou seja, as cenas e até mesmo os cenários acabam se tornando extremamente repetitivos, o que resulta em esgotamento na reta final, e a cena tão esperada é absolutamente broxante.
Os resultados positivos do filme ficam por conta do visual “Play Station” de Zemeckis, embora o personagem de Angelina Jolie não convença muito (no quesito técnico), Beowulf e o rei estão perfeitos, as batalhas, especialmente as primeiras (e a primeira metade do filme) são muito bem dirigidas por Zemeckis, o que ainda comprova sua extrema competência, mas estão longe de causarem tensão, são apenas divertidas e bonitas de se ver, nada mais.
O diretor mais tarde iria se aventurar em outras tentativas (Os Fantasmas de Scrooge), mas comprovaram que Zemeckis conseguiria facilmente filmando normalmente produzir resultados melhores do que a atual tentativa (absolutamente válida). Espero que ele não repita a dose, pois ficará cansativo.
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