Pixar is back, baby!
Incrivelmente sensível, metafórico e inventivo. Divertida Mente é a volta da criatividade e grandiosidade que estiveram presentes na maior parte da história do estúdio.
É praticamente impossível não se maravilhar com a obra desde seus primeiros minutos. A ideia de pequenos personagens que são sentimentos animados que vivem e controlam a mente de outra personagem é brilhante. E a construção de toda a narrativa impressiona mais ainda que o mote inicial.
Alegria, Tristeza(minha preferida), Raiva, Medo e Nojinho certamente se tornarão personagens de muito sucesso. O humor e a harmonia desse quinteto dá um ar de complexidade enorme a obra, que condiz com uma mente tão confusa e complicada como é a de uma garota de 11 anos.
A originalidade do roteiro e de todo visual/cenários de Inside Out é progressivamente surpreendente e grandiosa. Todos repletos de significados, representando algo a vida da protagonista. Os personagens que vão surgindo, alguns meio perdidos, que surgem durante toda a jornada mais difícil da menina também são carismáticos e fazem a trama sempre andar.
Não posso deixar de citar como são maravilhosas as "Ilhas de personalidade" presentes na mente da protagonista, absolutamente incríveis. Somente a Pixar para criar algo tão inteligente. Vê-las desmoronando e sumindo para sempre é doloroso e mágico.
As Ilhas de personalidade, o subconsciente e os sonhos são dignos de aplausos, merecem destaque e certamente são das coisas mais criativas já criadas pela Pixar.
Divertida Mente toca muito, e funciona como uma espécie de "Boyhood da animação", já que vemos Riley crescer, amadurecer, chorar, rir, tornar-se alguém. Temos um painel completo de seu desenvolvimento e lembranças de toda sua vida. É prazeroso e belo presenciarmos sua relação com os pais, amizades e seu dia a dia.
Alegria, Tristeza, medo e cia estão presentes na mente e nas ações de Riley. Todos com a mesma importância, são parceiros que caminharam lado a lado durante sua vida. Somos tão cúmplices, torcemos, rimos, sofremos e nos emocionamos tanto quanto o quinteto das emoções. É a genialidade que vem da simplicidade.
Este é um filme que consegue ser extremamente adulto e infantil, e igualmente rico em complexidade e ternura. Faz jus aos clássicos do estúdio que possuem essas mesmas características. Você pode ter qualquer idade, que acabará sendo conquistado.
Ver Riley crescer é presenciar o desabrochar de uma criança e ao mesmo tempo relembrar o quão mágico o cinema pode ser.
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