Embora a distância possa parecer um sequência caçaníqueis, essa parte 2 me surpreendeu, o início é muito bom e mais adiante senti falta de não terem explorado mais o antes do evento, porém o enredo, o desenvolvimento, e a tensão continuam no mesmo nível e até superior ao anterior, tem um sequência que se passe em três locais diferentes e com perigos reais e bem dirigidos que não se respira de tão envolvente, nesse sentido espero muito de uma parte 3, que se encerre com qualidade.

Um drama autoral, um retrato ficcional da vida do Eminem, bem formulaico, com um final apoteótico no palco e morno no restante, cheio de personagens inacabados e mal desenvolvidos, um amontoado de pequenos dramas que mal se conectam, porém, a força está toda no protagonista e na atuação confiante de Eminem, que entrega vulnerabilidade, ódio, presença de palco é um olhar que realmente cativa, um bom ator, um excelente rapper e um filme mediano.

Mackay tem um forma própria de tornar a linguagem acessível pra um tema ou personagem pouco atraentes, as vezes fica didático demais, as vezes confuso, mas no geral ele extrai leite de pedra, aqui com um bale monstruoso, que vende um personagem sem carisma, mas que demonstra no seu silêncio, olhar e poucas palavras suas intenções, carell não me convenceu, e o narrador me pareceu um pouco forçado, mas a história em si é muito informativa e intrigante, necessário eu diria!

O realismo e a construção de época são exemplares, o filme é belíssimo em seu retrato da vida em alto mar, seja na linguagem ou pelas limitações e dificuldades impostas a eles, a perseguição ao navio francês, um acerto nunca mostrar a tripulação do navio acheron, criando em nossa mente um adversário terrível, Crowe está muito bem, porém o destaque fica por conta de bettany e do menino que perde o braço, a única ressalva é a duração e algumas passagens desnecessárias.