O título brasileiro que em nada interessa, a década em que se passa e por ser preferido pelo Oscar; são alguns fatores que, particularmente, fizeram-me ter uma opinião levemente preconceituosa minutos antes de locar A Malvada (All About Eve). Quando me deparei com Bette Davis na tela, interpretando magistralmente Margo Channing, admito que fiquei constrangido e ao mesmo tempo muito contente. Que mulher! Atriz, madura, inteligente, bela, sincera porém não arrogante e possui uma personalidade fortíssima. Enfim, certamente todos ficaram enamorados e cativados. O ponto forte do filme, é a inteligência dos diálogos, que são ágeis e envolventes (principalmente se a pessoa gosta de teatro). A hipócrita Eve Harrington, nos engana com seu jeito (perturbadoramente) humilde e ingênuo, uma máscara muito bem colocada. Ficamos com certa dúvida em relação ao excesso de pureza da impostora, que idolatra Margo.
Birdie Coonan consegue equiparar-se à atuação de Bette, com sua voz irônica e seus trocadilhos. Os homens do elenco, estão igualmente bem! Com destaque para Gerry Merrill e George Sanders. Somente encontrei falhas em Celeste Holm, que interpreta Karen; pareçe-me que ela está muto pueril e é somente no fim do filme que ela mostra seu vigor.
A última cena do filme (talvez para nós um clichê) ficou deveras original e instigante, vemos uma nova Margo Channing (porém essa com um prêmio no lugar do coração), e uma nova Eve-impostora, que se ainda não for, certamente será!
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