Quando Tim Burton, Johnny Depp e Helena Bonham Carter juntam-se para fazer um filme, é obrigação de qualquer cinéfilo conferí-lo. Trata-se de uma parceria que vem se destacando entre os filmes do recente século XXI e aparentemente, eles ainda têm muito o que mostrar.

Certamente sou suspeito para falar de Sweeney Todd, uma vez que idolatro o cinema de Burton e as atuações de Depp e Helena; todavia, posso dizer que o longa baseia-se numa belíssima peça de 1982, provida pela Broadway e de nome homônimo. A direção de arte é estonteante (não é por acaso que ganhou o Oscar) e concorreu a várias outras indicações, porém sabemos que o filme em questão não enquadra-se nos padrões, é um tanto quanto excêntrico. Quando fui no cinema, lembro que fiquei um pouco constrangido em relação às canções, achei exageradas. Logo essa idéia dissipou-se e compreendi que estava assistindo à um musical baseado em uma peça de ópera; também (repentinamente) percebi que os protagonistas não eram cantores, mas agradavam tremendamente aos ouvidos e à alma.

O protesto em conjunto da beleza mórbida, fazem de Sweeney Todd uma experiência psicodélica e apaixonante.