Superestimado, mas ainda sim, um belo filme. Como já era de se esperar, Lady Gaga domina o show, com sua atuação dramática surpreendentemente convincente e seu óbvio talento musical. Nós sentimos por sua personagem Ally, entendemos seus conflitos e nos importamos com seu destino, ela de longe é o que faz o filme vibrante e leve de se acompanhar, apesar de se tratar de um drama. Bradley Cooper(também diretor do filme) está bem como(quase) sempre, ele consegue emergir bastante no personagem, embora ele não seja tão interessante ou carismático quanto sua co-estrela. E para um debut na direção desta estirpe, tendo Estúdio grande bancando e com um orçamento folgado, podia se supor que este não seria um trabalho difícil, mas a direção de Cooper até surpreende com algumas sequências super bem elaboradas, principalmente no momento que talvez vá ficar mais marcado do filme : Quando Jack puxa Ally para o palco e eles cantam o gigantesco hit ''Shallow'', que capitania uma excelente playlist. Falando em playlist, assistindo o filme múltiplas vezes, você até chega a pensar que eles devem tê-la de roteiro, pois o enredo do longa em si é um papel fino. Com uma trama clichê, previsível, e com uma carga dramática que, com exceção dos minutos finais, não desperta qualquer emoção genuína, A Star is Born é um remake apenas competente em seus aspectos laterais que consegue ser elevado pela ótima performance da pop star Lady Gaga e direção sensível de Bradley Cooper, que consegue captar com compaixão e nuance o romance destrutivo destas duas pobres almas. Se não fosse por estes superlativos, o filme teria sucumbido pelo seu pecado original: Ser, em seu âmago, uma novela mal escrita de fórmula cansada. Enfim, não é nenhuma maravilha em termos cinematográficos, mas é sim um bom filme sobre as virtudes e perversões do sucesso.
Críticas
7,0
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