Já imaginou um horário eleiroral do PSTU, só que com mais de 1h? Então... A estreia do (''muito humilde'') Wagner Moura na direção é nada mais que vergolhosa e decepcionante. Marighella já seria um panfleto político oportunista se feito em tempos mais calmos na sociedade brasileira. Dado o contexto em que vivemos, é mais do que na cara o fato de que Moura apenas usou da desculpa de ainda não ter uma biopic de estúdio sobre o tal ''revolucinário'' para fazer esse golpe midiático... Moura devia ter aprendido com Walter Salles como fazer panfleto político em forma de filme. Diários de Motocicleta ficou um arraso provocante e belo, por mais que você despreze o biografado, é impossível não se envolver na sua trajetória e respeitar sua consistência intelectual, etc. Já esse filme é apenas uma propaganda oportunista, o que fez do filme de Salles um baita cinemão foi a forma como ele soube retratar o homem, além do personagem que fãs e detratores fizeram dele. Em Marighella, Moura não só esquece o homem, como aumenta demais o personagem, usando-o de escada para dar lições de moral baratas no público e transmitir mensagens específicas que ele julga pertinentes, que fogem quase que inteiramente da essência do próprio biografado. É só um panfletinho universitário, uma pregação pra convertidos, Moura apenas deu o que a turma dele já recebe, só disse o que eles gostam de ouvir. É mais uma forma de autoafirmação que a esquerda tem, como quando o PSOL disputa a presidência.
Críticas
3,0
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