Que drama sensível. A simplicidade de contar as histórias é algo absurdamente bem feito nesse filme, em nenhum momento caiu no melodrama barato, e olha, que se tratando sobre tema família, infância e etc... Há sempre uma grande possibilidade de cair no melodrama, mas esse não cai. É de uma sutileza enorme, extremamente comovente (eu confesso, que depois de anos, voltei a derramar lágrimas em alguma cena).
A história é sobre duas famílias que tiveram bebês no mesmo dia, e que após seis anos, o hospital entram em contato com as duas famílias para informar que houve troca de crianças. A vida de ambas as famílias mudam, e resolvem fazer a coisa “certa” que é trocar os filhos, pois acreditam que crianças nessa idade (6 anos) cedo ou tarde se adaptam com o tempo com família nova, mas não é bem assim. Elas sabem o significado de mudanças, e os pais também sentem bastante.
A diferença sociais das famílias é gritante, a primeira é composta por Ryota (foi o que teve maior foco) e Midori (típica mãe e submissa ás vontades do marido), ele é obcecado por trabalho, muito bem-sucedido e que tem tudo planejado para o seu filho Keita, e tem todo aquele perfeccionismo comum da sociedade japonesa, a única razão para a existência é a perseguição do sucesso, apenas. A segunda é composta por Yukari (oposto de típica mãe submissa, rs) e Yudai que é dono de uma loja e que aparentemente não gosta muito de trabalhar, porém, é muito ligado aos seus filhos, criando uma relação bem afetuosa que tanto conhecemos.
E a narrativa não tem nada mirabolante e muito menos algo complexo, é muito sobre o cotidiano, que fica intercalando entre ambas as famílias, uma rica e outra modesta, uma que pode proporcionar estudo e etc... e a outra mais modesta, porém, quando se trata de carinho e entre outras coisas bem importantes, dá um show a parte.
E levanta aquela questão sobre: Por que é pai de sangue isso quer dizer que realmente seja pai? Ou pai é aquele que cria e dar todo amor e carinho?
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