Questionamentos sobre a finitude do homem, a crueldade e a bondade, a existência de um Deus, as incertezas da vida, as artes e a morte num dos filmes mais cômicos e alegres de Bergman, que perde um pouco da profundidade, mas nunca a genialidade.
Simples, mas com questionamentos complexos; puro, mas com surrealismo latente. O cinema de bergman vai muito além da própria compreensão humana: saboreamos lentamente ele, tentando compreendê-lo por completo, mas nunca atingimos toda sua densidade.
Algumas cenas poderiam ter sido melhor exploradas, como as do jogo de xadrez e a da "dança da morte", mas isso não quer dizer que elas deixem de ser inesquecíveis...
Em uma Idade Média recriada com extrema beleza por Bergman, discute-se a angústia existêncial, a solidão, a (falta de) fé, o papel do artista. A cena final, da 'danse macabre', é das coisas mais lindas já filmadas.