Lupas (18)

A direção de James Whale é ótima. Boris Karloff se destaca no elenco junto com Colin Clive. Tecnicamente é muito bom, apesar da falta de uma trilha sonora.O maior problema do filme é o roteiro. As discussões morais e filosóficas até que são boas, mas também não muito aprofundadas, talvez pela curta duração do filme. Apesar disso gostei pois o filme passa voando. Mesmo com alguns problemas é um ótimo filme nesse começo de filmes de monstros da Universal. A cena do moinho e sensacional.

A quem o camponês se refere ao apontar para o alto do moinho e bradar "o monstro!", criador ou criatura? Frankenstein termina confortável demais para que esse aspecto possa articular-se de modo mais evidente. A existência do monstro torna-se, assim, apenas um breve capítulo obscuro na vida apaziguada e desinteressante daquelas pessoas.

Vale pelo desenvolvimento e perseguição da lenda, além de ser tecnicamente bem feito. Mas a verdade é que o filme se diluiu com o tempo e hoje não mete medo em ninguém.

Por ter causado um verdadeiro horror na época de seu lançamento e por nos levar a reflexões sobre como a sociedade cria seus "monstros" e depois não sabe como lidar com suas consequências, ainda hoje considero um filme muito bom.

Faltou coragem para seguir alguns pontos do livro, em compensação criou cenas icônicas, até hoje presentes em nosso imaginário coletivo.

O expressionismo alemão é uma influência perceptível nas montagens distorcidas dos cenários e no jogo de sombras.

Antes de 1994. Clássico absoluto do terror. Boris Karloff é o biotipo definitivo do monstro.

Clássico do cinema, história muito bem contada e com interpretações convincentes.

Frankenstein é um marco para o cinema clássico da década de 30, tanto pela habilidade visual e estética de seu executor, James Whale, quanto pela habilidade do mesmo em criar um ambiente de tensão através dos recursos mais simples.

Ótimo visual e boas cenas, como a de Maria e o clímax, mas no todo não passa de uma obra atropelada que não desenvolve empatia com seus personagens.

É muito bem feito no campo visual, com vários planos se destacando graças ao empenho cênico de James Whale. Karloff se mostra perfeito no papel do mostro, sendo ingênuo e amedrontador ao mesmo tempo. O terror pode ter envelhecido, mas o charme prevalece!

Comparado ao seu "rival" Drácula, é um filme muito melhor acabado nos quesitos técnicos, não dependendo quase inteiramente da performance do seu protagonista para ser bom. Pontos também para a fluidez - mesmo com 71 minutos, passa voando igual um curta!

Maravilhoso pra pensar a ideia de criminoso criada pela sociedade. Cérebro? Ele só processa o que o corpo recebe.

Não é bem um filme de gênero (até o expressionismo é meio desnecessário), mas o trabalho de quadro humanizado do Whale vale carreiras.

Enrola um pouco mas impressiona. Apesar da sua idade, nos dá uma emoção inigualável e nos faz roer as unhas. O fim decepciona um pouco.

O roteiro é ruim? Sim. Mas em meio a tantas qualidades, bons personagens, um bom vilão e cenários grandiosos, é difícil focar em um mísero defeito.

Hipnótico!

Envelheceu um pouco, mas o momento da primeira aparição do monstro, cuidadosamente revelada pela câmera até culminar num close em seu rosto, é uma das coisas mais arrepiantes e memoráveis que já vi.