
- Direção
- David Lynch
- Roteiro:
- David Lynch, Barry Gifford
- Gênero:
- Drama, Suspense, Terror
- Origem:
- Estados Unidos, França
- Estreia:
- 25/04/1997
- Duração:
- 134 minutos
Lupas (41)
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A estética da antiga “sexta sexy” a serviço de um filme pseudo artístico superficial até a alma.
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Maestro Antônio Carlos Jobim
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Traz menos das bizarrices que geralmente vemos nos filmes de Lynch e esbanja no mistério, imersão e experiência sensorial. A trilha sonora com Bowie é um toque especial. Depois de Mulholland Drive é o meu preferido do diretor.
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As imagens de vídeo funcionam como um elemento que encadeia as perturbações do protagonista. Nesse sentido, a maneira como Lynch decupa essas filmagens, acentuando o seu aspecto ruidoso, faz com que nunca nos esqueçamos de seu caráter de registro. O found footage se apresenta aqui como afirmação do que não é meramente fantasioso na narrativa, e isso ressoa no filme como uma tensão progressiva pelo que será mostrado nas cenas seguintes. Uma lembrança imperturbável, como que talhada em pedra.
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Labirinto de desejo, obsessão, loucura. O jogo do diabo nos fragmentos de uma mente perturbada. A quebra da frágil realidade, enigma, abismo; o grito pelo desconhecido. Filme onde cada expectador deve seguir seu caminho, montar seu mistério. O importante é a viagem, a imersão no absurdo universo de David Lynch.
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Lynch nos faz entrar em seu cinema de maneira hipnotizante. 'Lost Highway' segue algumas convenções do cinema noir até se desprender aos poucos de qualquer lógica narrativa e abrir espaço para tratar de temas como medo, incapacidade, culpa e conflito de identidade. Depois que se entende as nuances do cinema do Lynch, seus filmes passam a ser obras-primas.
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Patricia Arquette, duplamente fascinante e fantasmagórica, é o ponto-chave para se entender o espelhamento entre os protagonistas das histórias, bem como a projeção de seus dramas internos na fronteira opaca entre delírio e realidade. A confusão mental de Bill Pullman também transborda do personagem e se materializa no cenário e nos jogos de luz, que criam atmosferas dignas de um filme noir e corredores aterrorizantemente escuros, mesmo dentro da própria casa, como a perturbada psique humana.
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As incessantes filmagens do carro pelas estradas refletem uma busca frenética por lógica e propósitos que parecem ter se perdido no caminho. E como de praxe, Lynch segue com suas divagações sobre corações partidos e mentes em transe.
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Um suspense filmado em forma de pesadelo e todo o surrealismo que contem o mais insano dos sonhos.
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Começou bem, mas depois....
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O cinema de Lynch cada vez mostra que a idéia não é entender e sim adentrar à um mundo de sonho ou pesadelo. Não haverá sentido nunca pois esta não é a proposta de Lynch, este filme me deixa claro que a intenção é mistificar o poder da memória.
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Uma viagem de sentidos
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Até onde nossa imaginação é capaz de ir para sustentar as mentiras que contamos a nós mesmos? Genial.
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Sufocante. O meu Lynch preferido.
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Lynch mais uma vez mostrando ser tão genial quanto farsante.
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Um intruso e uma hipercompesação do passado.
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Lynch lapida com sua câmera um pesadelo cinematográfico que viria a ser influência para filmes como Cachê (as fitas) e O Homem Duplicado (os duplos psicológicos), num poderoso neo-noir ilusório que, mesmo não soando coerente, é fisgador e até assustador.
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Nunca estará entre os meus filmes favoritos, mas é construído/desconstruído de forma absurdamente criativa e admirável.
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O roteiro intrincado e pouco lógico pode afastar alguns espectadores, mas quem se deixa levar pela atmosfera macabra de Lynch- no auge de sua manipulação do som e das imagens- tem uma das experiencias mais satísfatórias e diferenciadas do cinema!
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Uma viajem na qual pretendia embarcar em um ciclo infinito, se fosse possível. Sinto até de olhos fechados; ao som da trilha porreta.