- Direção
- David Lynch
- Roteiro:
- David Lynch, Barry Gifford
- Gênero:
- Drama, Suspense, Terror
- Origem:
- Estados Unidos, França
- Estreia:
- 25/04/1997
- Duração:
- 134 minutos
Lupas (39)
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Traz menos das bizarrices que geralmente vemos nos filmes de Lynch e esbanja no mistério, imersão e experiência sensorial. A trilha sonora com Bowie é um toque especial. Depois de Mulholland Drive é o meu preferido do diretor.
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As imagens de vídeo funcionam como um elemento que encadeia as perturbações do protagonista. Nesse sentido, a maneira como Lynch decupa essas filmagens, acentuando o seu aspecto ruidoso, faz com que nunca nos esqueçamos de seu caráter de registro. O found footage se apresenta aqui como afirmação do que não é meramente fantasioso na narrativa, e isso ressoa no filme como uma tensão progressiva pelo que será mostrado nas cenas seguintes. Uma lembrança imperturbável, como que talhada em pedra.
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Labirinto de desejo, obsessão, loucura. O jogo do diabo nos fragmentos de uma mente perturbada. A quebra da frágil realidade, enigma, abismo; o grito pelo desconhecido. Filme onde cada expectador deve seguir seu caminho, montar seu mistério. O importante é a viagem, a imersão no absurdo universo de David Lynch.
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Patricia Arquette, duplamente fascinante e fantasmagórica, é o ponto-chave para se entender o espelhamento entre os protagonistas das histórias, bem como a projeção de seus dramas internos na fronteira opaca entre delírio e realidade. A confusão mental de Bill Pullman também transborda do personagem e se materializa no cenário e nos jogos de luz, que criam atmosferas dignas de um filme noir e corredores aterrorizantemente escuros, mesmo dentro da própria casa, como a perturbada psique humana.
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As incessantes filmagens do carro pelas estradas refletem uma busca frenética por lógica e propósitos que parecem ter se perdido no caminho. E como de praxe, Lynch segue com suas divagações sobre corações partidos e mentes em transe.
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Uma viagem alucinante sobre os mistérios da mente e sua complexa dualidade entre o real/imaginário. Um espetáculo sensorial perturbador conduzido de forma magistral por David Lynch. Marca a entrada do cineasta em um cinema ainda mais surreal, onírico e desafiador.
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Um suspense filmado em forma de pesadelo e todo o surrealismo que contem o mais insano dos sonhos.
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Começou bem, mas depois....
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O cinema de Lynch cada vez mostra que a idéia não é entender e sim adentrar à um mundo de sonho ou pesadelo. Não haverá sentido nunca pois esta não é a proposta de Lynch, este filme me deixa claro que a intenção é mistificar o poder da memória.
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Uma viagem de sentidos
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Até onde nossa imaginação é capaz de ir para sustentar as mentiras que contamos a nós mesmos? Genial.
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Sufocante. O meu Lynch preferido.
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Lynch mais uma vez mostrando ser tão genial quanto farsante.
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Um intruso e uma hipercompesação do passado.
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Lynch lapida com sua câmera um pesadelo cinematográfico que viria a ser influência para filmes como Cachê (as fitas) e O Homem Duplicado (os duplos psicológicos), num poderoso neo-noir ilusório que, mesmo não soando coerente, é fisgador e até assustador.
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Nunca estará entre os meus filmes favoritos, mas é construído/desconstruído de forma absurdamente criativa e admirável.
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O roteiro intrincado e pouco lógico pode afastar alguns espectadores, mas quem se deixa levar pela atmosfera macabra de Lynch- no auge de sua manipulação do som e das imagens- tem uma das experiencias mais satísfatórias e diferenciadas do cinema!
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Uma viajem na qual pretendia embarcar em um ciclo infinito, se fosse possível. Sinto até de olhos fechados; ao som da trilha porreta.
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Talvez o mais louco de Lynch, difícil de entender em muitas partes. Visível se tratar de uma estória não linear. Aqui não há dúvida de seu talento nos detalhes de sua direção. No entanto, algumas partes são obscuras no entendimento.
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Incrível!