Ozu nos brindando com seus dilemas à despeito do matrimônio arranjado na cultura ocidental e o consequente desprendimento das tradições trazidas pelo mundo moderno.Ozu nunca demoniza seus personagens e também nunca entrega sentimentos de forma escancarada
Singela e intimista, Ozu mostra dois desesperos, jovens mulheres sedentas por uma maior liberdade de escolha e pais não sabendo lidar com essa situação que afronta seu patriarcalismo tradicional. A passagem do arcaico para o novo é impiedosa, que bom.
Ozu exibia traquejo na abordagem das tensões familiares, cuja manifestação discreta é traço característico do Oriente. O maior senão é ter se alongado um pouco demais dessa vez.
Seu primeiro filme colorido, e Ozu já mostra absoluto domínio no uso de cores para compor os quadros, amparado por um belo panorama do envelhecimento e da família, com o diretor como sempre, sem julgar seus personagens, mas apresentando-os com dignidade.