Lupas (12)

Investe no maniqueísmo, com poucas chances de surpresa ao longo do caminho. É repetitivo tanto em relação ao capítulo anterior quanto ao que já tinha sido feito até então, valendo mais pelo bom desempenho de Snipes, a quem poderiam seguir entregando protagonistas.

Em relação ao primeiro o que melhora é a direção, onde del toro visualmente se destaca, explorando o mundo dos vampiros e os cenários grandiosos e assustadores, num filme essencialmente noturno, elimina o protetor solar do primeiro filme (que idéia foi essa?), agora o inimigo comum de Blade e dos vampiros são os reapers, outro acerto do filme, pelo visual e a boa maquiagem, a história é cheia de furos e exageros, e um Blade que luta de óculos escuros na cena final, estilo no lugar de coerência!

Del Toro melhora consideravelmente a parte estética em relação ao anterior, mas fica refém da ruindade da história.

Blade é figura que não se estraga, seja a proposta que for. Aqui quase rola a tragédia, e pelos típicos e vergonhosos experimentalismos estéticos de Del Toro (péssimo uso de technicolor) se não fosse o emponderamento de Snipes pelo fator icônico do papel.

Tudo muito forçado, exagerado. A trama é fraquíssima e sem base pra se sustentar. A estética é o pouco que vale, identificável com outros trabalhos de del Toro. Parece que já estamos jogando o videogame do filme lançado às pressas antes do próprio filme.

Grande entretenimento. Forçou demais o CGI e alguns pontos e envelheceu mal, como era de se esperar, mas não é nada que comprometa.

17/11/02

Del Toro usa sua experiência em 'trash movies' pra tornar esta sequência ainda mais sangrenta, que apresenta uma trama um pouco menos dispensável e um vilão mais imponente, mas a ação abusa dos (péssimos) efeitos visuais. Uma sequência à altura.

Segue a regularidade do primeiro.

Matém o nível do anterior e acrescentando mais dinâmica às lutas.

Força uma barra maior ainda que o primeiro.

Uma vergonha o capítulo dirigido por Del Toro ser o pior. Uma vergonha!