Em "Adeus, Dragon Inn", Tsai Ming Liang revela em suas imagens tanto um lamento, como uma reafirmação da força e potência da imagem. Sim, fantasmas habitam o Cinema, a solidão tortura as pessoas, mas ainda é possível ver encanto e beleza no cair metódico da chuva. Um filme de quem entende as nuances de seu ofício de realizador.
A única coisa boa de fato é a exibição do monumento Dragon Inn - só de rever cada fragmento bate a vontade de cair naquela taberna de novo.
Esse aqui é fraquíssimo. Absurdamente desinteressante, nada acontece, não há personagens de fato. Apenas sombras perambulando, banal.
A aparição de atores do clássico traz o retorno dos sorrisos que o tédio integral cravou.
Cinema interessante e também desgastante. Confesso que ainda que me considere um fã de filmes lentos, este não me gerou imersão e sim afastamento e tédio. Como é meu primeiro contato com Ming-liang talvez ainda me falte bagagem ou eu sou apenas um tolo.
O tempo é esticado nos melancólicos momentos derradeiros de um cinema para perpetuá-los, como o último cigarro a queimar ou o último rolo a rebobinar. Mesmo que em meio a fantasmas, quem ama a arte nunca deixará de se emocionar.
Corpos esparsos deslocam-se languidamente através dos corredores assombrados de um cinema sepultado pelo tempo, embalados por um slow pacing magnético e deleitoso para os sentidos. Um epitáfio acerca das relações humanas.