- Direção
- Nicholas Ray
- Roteiro:
- Dorothy B. Hughes (argumento), Edmund H. North (adaptação), Andrew Solt (roteiro)
- Gênero:
- Drama, Romance, Suspense
- Origem:
- Estados Unidos
- Duração:
- 94 minutos
Lupas (31)
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"Eu nasci quando ela me beijou. Eu morri quando ela me deixou. Eu vivi por algumas semanas enquanto ela me amou." É possível sentir o amargor e a melancolia desta frase em cada fotograma do filme. Sentir a escuridão no inconsciente do personagem de Humphrey Bogart. Sentir a contemplação do abismo no coração dos homens. Sentir a solidão, a desilusão para com o mundo e as pessoas que o cercam. As vezes a vida é mera exposição do desabar das coisas. Nicholas Ray era um poeta das tragédias humanas.
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O final podia dar uma ajieitada no filme, mas ainda piora na conclusão, além de soar apressado. O romance não convence, total sem química e também acontece de forma açodada. Funciona razoavelmente como suspense e pela boa construção de um personagem imprevisível por Bogart.
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"Eu vivi algumas semanas enquanto te amei", que filme, grande construção narrativa, é dramático, tem uma dualidade que se sustenta até o final, grandes interpretações, a câmera que busca ângulos inéditos para sua época, enfim, um clássico que reverência o próprio cinema, com seus tipos sinistros e imorais.
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Bogart repugnante em uma revisão de sua persona e, consequentemente, de todo o cinema noir. De simples execução, com grande habilidade na condução de diálogos e gestuais.
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Divisão entre pessoa e artista, com os dois lados em intersecção e dançando diante de nosso nariz. Dúvida e paixão vão subindo o tom no filme, com um terceiro ato doloroso e muito humano. O casal está um charme e a lição final é sobre escolhas em momentos de crise. Um filme de detalhes que fazem a diferença... E como é bom ator esse tal de Humphrey Bogart.
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Mais um ótimo noir com densidade psicológica. A persona do protagonista fornece uma ambiguidade em volta do roteiro, levando o espectador a questionar se ele realmente não cometeu tal crime. No final, a história se desenrola de forma correta, trazendo um clímax que sintetiza toda agressividade daquele homem. Um filme cinzento como todo velho noir, e levemente selvagem e poético.
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Mais um tesouro da coleção Bogart, o maior patrimônio do cinema. Enredo direto, muito bem contado e com conteúdo, envolve até o talo com seu charme - o noir clássico é saboroso demais. Tem detalhes incríveis, como o medo que ela vai sentindo crescer. Espetáculo de cena final. Encerramento arrebatador e definitivo.
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Com este “In a Lonely Place” e com “On Dangerous Ground”, Nicholas Ray se mostra como um dos cineastas que mais entende do homem moderno.
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Ainda que sirva como metáfora dos bastidores egocêntricos e violentos de Hollywood, o personagem de Bogart e seu estudo cuidadoso e sem pressa é o que mais interessa nessa trama dura, mas de momentos de beleza.
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Difícil desgrudar os olhos da tela!
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Grande filme que peça por um único pecado... um final apressado que atrapalha um pouco o resultado final.
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Poderosíssimo, os sentimentos que rompem e desrespeitam os limites da tela são atordoantes, e de uma história simples, Ray lhe arranca as entranhas. Daquelea filmes que só comprovam o poder de uma imagem. Bogart e Grahame também são fundamentais.
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Nãos mãos de vários outros diretores da época, certamente seria obra-prima mas infelizmente a limitação de Ray e o foco chulo nos personagens deixam um gosto amargo no final da exibição.
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Essa aura hollywoodiana das antigas, a presença de Humphrey Bogart e esse final romântico que consolida a impossibilidade do amor com frases marcantes lembra em muito "Casablanca" e não chega a dever tanto assim para o megaclássico.
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Um filme amargo, emocionalmente forte e pessoal.
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No fundo, é um filme que escapa a qualquer categoria. Feito de ambigüidades e silêncio - como escreve Eisenschitz - está tão longe das fórmulas de qualquer gênero como das afirmações sociológicas. “Movie on the movies.
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Conduz um bom suspense, o problema está na conclusão que não pareceu se encaixar.
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20/08/14
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Uma paixão fadada à desconfiança, envolta em um clima de sobressalto que garante a atenção em cada diálogo.
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Os diálogos são ótimos, o personagem é excelente e reflete bastante a amargura da solidão, mas achei que o Ray derrapou em um ou outro momento. Grande filme, mas será mesmo que é um dos melhores da história?