Lupas (52)

PTA sabe trabalhar com esse tipo de roteiro, muitos personagens e histórias maiores. Boogie Nights não me encantou como os trabalhos posteriores do diretor, ainda assim é um filme que não some da mente, em outras palavras, ainda é genial.

Narrativa muito fluida, cheia de personagens amalucados em situações ora hilárias ora pesadíssimas.

A explosão de PTA é uma aula de cinema: planos sequência inventivos, mosaicos com personagens cativantes, narração ágil e ambientação perfeitamente produzida. Embora tenha enveredado por escolhas diferentes (é conduzido belos filmes), o estilo que consagrou o diretor em “Magnólia” e nesse “Boogie Nights” é insuperável.

Viagem ao subterrâneo chamativo e perigoso, com elenco afiadíssimo (Juliane Moore sem defeito, pra variar), cenas etéreas sem apelar para o convencional, e trilha sonora irretocável. O protagonista se rende ao universo citado... O tema é polêmico e sua linha tênue para a canastrice aglutina mais valor ao trabalho de Paul Thomas Anderson.

Impressionante como a direção lembra a do Scorcese, seja na forma de filmar, ou na forma como mostra a ascensão e decadência de forma magistral. Peca apenas ao tentar redimir a maioria dos personagens, no qual o final se alonga mais que o necessário.

Há uma influência nítida no trabalho de Scorsese mas algo me diz que esta trama pedia uma roupagem um tanto mais sombria e suja.

Nomi Malone ganha alguns testículos e um super dote na narrativa estreiante de Paul Thomas Anderson. As suas semelhanças com Dirk Diggler são inevitáveis, assim como os ótimos coadjuvantes criados nessa viagem erótica.

Cinebiografia a la Scorsese de Touro Indomável, mas com grandes doses de Robert Altman de Voar É Com Os Pássaros ou Nashville. Tudo filtrado por um artista singular e extremamente talentoso como Paul Thomas Anderson. Um dos grandes filmes dos anos 90.

Anderson bebe da fonte de Scorsese e Tarantino para contar uma história sempre envolvente que, na maior parte do tempo, se equilibra de maneira extremamente eficaz entre o cômico, o exagerado e o dramático. E que elenco espetacular. Filmaço!

Um caos de roteiro; personagens mal apresentados e desenvolvidos, repleto de situações inúteis e tentativas falhas de parecer ser mais do que isso. O universo da pornografia merecia algo melhor.

O Touro Indomável do pornô sendo dirigido pelo poderoso Chefão não tem como dar errado.

O filme com mais fôlego de PTA e que possui também algumas das melhores escolhas visuais do diretor. Mark Wahlberg (na melhor performance de sua carreira), Burt Reynolds e Julianne Moore são os destaques do elenco.

Interessante desde o início, uma coleção de cenas marcantes, várias figuras inesquecíveis. Os bastidores do cinema sempre são legais de ver e o grande elenco está espetacular, jogando essa história no máximo.

18/10/98 - Com um elenco recheado de talentosos atores, e uma reflexão sobre a carreira meteórica do protagonista, nos serve até hoje em relação aos falsos talentos que a mídia nos empurra goela abaixo.

Não perde um mínimo de fôlego em sua proposta durante toda sua duração. Sério mesmo. Não há uma cena sequer que não seja forte e muito bem realizada. Possui uma coleção de diálogos cool e vibe badass de um Scorsese com Pulp Fiction que dá pena de acabar.

Primeiro grande trabalho de PTA, já mostrando dois anos antes de Magnólia, o talento que o consagraria. Roteiro divertidíssimo e perfeitamente filmado em quase duas horas e meia de um filme que jamais vai lhe cansar.

A primeira cena da festa já revela um dos grandes talentos de seu diretor: ele gosta que sua câmera participe do filme, ele gosta que o espectador veja o que ele vê. Grande filme, onde o exagero é nada mais nada menos, que o retrato de uma era.

Impressiona como PTA consegue dar complexidade e profundidade a vários personagens e ao mesmo tempo criar um todo perfeitamente coeso. Boogie Nights é uma odisseia de pessoas em busca de si mesmos e de um lugar do qual se sintam parte. Filmão.

Formalmente exemplar, com um roteiro que consegue amarrar varias estórias numa só, somada a uma direção segura e sagaz.

E tinha que mostrar o dito cujo no final sim.