Lupas (20)

Simples demais para Hitchcock e enrolativo. A perseverança inabalável de Mark em lutar pela recuperação de Marnie é invejável. Daí se tira uma boa lição do filme. 31/03/2020.

Mais um filme do diretor difícil de mesurar: há como condenar por tão esmero trompe l'oeil?

Nada justifica o fato de Marnie ser cleptomaníaca e nem a obsessão de Sean Connery por ela. É tudo falso, forçado e meio plastificado. Bem triste, de se assistir.

Marnie é possivelmente o filme mais pessoal de Alfred Hitchcock, exibindo um domínio técnico primoroso (como de costume), lidando com temas polêmicos (estupro na relação conjugal, cleptomania, pedofilia) e brincando com as expectativas do público através de um suspense milimetricamente calculado. É interessante notar que o apego do cineasta à técnicas do cinema clássico deram um aspecto bastante anacrônico à produção, o que por si só, é a essência do seu cinema farsesco e genial.

Junto com vertigo é o filme que Hitchcock melhor fala dessa obsessão à figura feminina, se no filme de 59 o que movia o personagem de scottie era a semelhança de judy e madeleine, o que move o personagem de mark é a cura para essa latente misandria.

30 minutos iniciais inúteis, autoexplicativo demais, a partir dai melhora, mesmo assim o roteiro é péssimo e cai de rendimento outrora. Se salva a trilha sonora e as atuações, poderia ter 40 minutos a menos fácil!

Abordagem novelesca para mais um enredo em que uma loura é atormentada. De um diretor como Hitchcock, espera-se sempre mais.

É um filme inteiramente debruçado sobre a psique de sua personagem e suas interações, repleto de metáforas psicológicas e excelente manipulação da linguagem visual: um uso das cores semelhante à Vertigo, em cada plano, o verde em contraposição ao vermelho

23/09/11

Chatíssima história de uma ladra compulsiva, a justificativa foram os traumas da infância. Não convenceu.

"É atrapalhado pelo roteiro um tanto quanto atropelado, mas o clima mantém o filme. Típico de Hitchcock. Não é dos melhores, mas vale a pena ser visto".

O inverossímil sempre fez parte do cerne de Hitchcock, mas aqui ele é extremamente gratuito, vazio, e até bobo.

Demora um pouco a engrenar, mas quando finalmente encontra seu ritmo o filme de Hitchcock nos brinda com um conto sobre traumas e obsessões, onde não há inocentes. Traz boas interpretações de seu elenco e uma trama pesada até para os padrões do diretor.

Longo demais, enrolado demais, perde toda a profundidade com seu desenvolvimento, que se arrasta. Mas o final se mostra como um filme digno de Hitchcock, e porque ele se interessou pela história, além de ter cenas memoráveis (a do roubo é ímpar).

Fica muito brega quando se aprofunda nas origens traumáticas do comportamento da protagonista, mas, fora isso, a maestria de Hitchcock entrega um quase grande filme - destaque para a brilhante cena do roubo.

Marnie é uma das mais interessantes personagens femininas do cinema. A complexidade da personagem é sustentada por uma atuação muito competente de Tippi Hedren. Hitchcock acerta em fazer o público imaginar o passado de Marnie e somente o revelar no final

Filme que marca o inicio da decadência do cinema de Hitchcock.

O roteiro acabou prejudicando uma obra que podia ser tão maravilhosa quanto os outros filmes mais prestigiados do diretor, mas que continua tendo classe, suspense e qualidade, isso é inegável.

Para os que assistem filmes com um pedaço de papel na mão para anotar falhas técnicas,etc; sugiro que não vejam este. Para os que gostam de cinema da mais alta qualidade assistir Marnie é obrigatório.

Tippi Hendren, em um complicadíssimo tour-de-force, carrega filme no qual Hitchcock dirige em alguns tons acima do necessário.