Há todo um contexto de quebra de paradigmas instaurados pela igreja católica juntamente com a Liga Das Senhoras Católicas que ditavam regras lá nos anos 30 e 40 nos Eua (até hoje ditam). Então o filme de Lubitsch ainda é um tapa na cara dos moralistas de plantão daquela época apesar de não ser dos seus filmes mais contundentes não.
Lembra O Diabo Riu Por Último, que também é ruim. Filme completamente brega, seja em seu visual ou em sua história. Lubitsch abandona a leveza de suas outras obras e cria essa coisa enfadonha. Os personagens são antipáticos e a continuidade da história é inorgânica. Quanto a representação da "inocência do cinema dos anos 40", o longa falha miseravelmente, sendo mais um insulto do que uma reverência. Umas das coisas mais cringes do cinema clássico.
Incrível como Lubitsch sai de uma obra prima como "To Be or Not To Be" pra esse filme medíocre em seguida, só pode ser coisa comercial de estúdio. Comédia extremamente ingênua e conservadora, bem na onda dos anos 40, cuja maior virtude, essa ideia do papo com o diabo, é pouco ou quase nada explorada. Poderia ser bem mais curto e confesso que achei esquisito Lubitsch em Technicolor, não combinou o tom. Salva o alívio cômico dos sogros de Kansas e olhe lá.
Criativo pra cacete, colocando um versão do diabo sem-igual escutando a história do velho na recepção.
Singelo e tocante mostrando o correr da vida, aquelas pessoas incríveis indo.
E divertido demais com os desejos do homem e a presença notável de Cobur
Em termos de narrativa, “O Diabo Disse Não” possui influência nítida de “Cidadão Kane”, produzido dois anos antes. A produção biografa em flashback um homem que está morto quando o filme começa.