Fagundes encarna um tipo velho de guerra, que combina com sua expressão cansada e pede uma atuação minimalista. Nas outras pontas do triângulo, Polessa totalmente despida (no físico e no psicológico) e Knust perigosamente adorável. Faltou só mais um pouco de profundidade ao roteiro, deixando a impressão de pouco tempo para o seu desenvolvimento na escrita.
A abordagem sombria empregada à história calha bem com o perfil misterioso do protagonista, e a direção de Joffily assemelhando-se ao noir também dão o charme, mas os demais personagens e suas relações possuem muitos problemas, fugindo da verossimilhança.
É uma boa receita pro filme dar certo: boa trama, envolvente, com uma revelação final bem encaixada e que surpreende; direção segura, mostrando que dá pra fazer bem sequências de ação aqui; e ótimos atores (Fagundes é gigante em cena).
Zezé Polessa com 50 e um corpinho de 18... linda... excelente filme, não dei nada por essa capa, mas valeu a pena... uma enroladinha no meio, mas o final vale a pena...
Dificil eu não gostar de um neo-noir na noite carioca, mesmo que tenha um protagonista dos mais burros que já vi (é claro que faz parte eles caírem nas presas da femme-fatale mas esse aqui chega a dar raiva de tão facil que ele cai).