- Direção
- Ingmar Bergman
- Roteiro:
- Ingmar Bergman
- Gênero:
- Drama, Terror
- Origem:
- Suécia
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 84 minutos
Lupas (40)
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A realidade se quebra como um espelho atirado ao espaço. Os espectros saem da tumba do inconsciente para amaldiçoar o homem atormentado. Ele é engolido pelo horror dos próprios pensamentos. A decida ao inferno do subconsciente humano se completa. Tudo é ilusão. Tudo é fragmento. Como um desesperado e fantasmagórico conto de horror, "A Hora do Lobo" se revela um pesadelo de imagens sussurrantes, expressionistas e disformes. Outra obra-prima de Ingmar Bergman.
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Fantasmas? Pesadelos? Loucura compartilhada? De quem é o ponto de vista? Nada é concreto nesse horror radicalissimo de Bergman. Tudo é duvida. Uma pintura expressionista em tons de cinza, lindo e apavorante.
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Único filme de Ingmar de terror, que consegue ser ainda mais profundo e complexo que nunca (ou sempre), muito feliz na concepção, abusou do surrealismo nas alucinações, confuso, e nos confunde, num misto de realidade e devaneio, Alma (musa de Igmar) assim como o telespectador, sensível, dedicado, atencioso, tentando compreender e sentir empatia por Johan. “É a hora em que a maioria das pessoas morre e a maioria nasce. Nesta hora, os pesadelos nos invadem." Ficção, mas a cena do castigo real...
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A fantasmagoria de Bergman se transfigura continuamente: começa incômoda, operando sobre o espectador pelo estranhamento social; adquire um tom de assédio psicológico, incidindo claustrofobicamente sobre os protagonistas e reconfigurando as subjetividades; por fim, assume o horror explícito, trazendo à luz imagens monstruosas. As muitas faces do amedrontador lembram muito O Farol, de Eggers, tanto no jogo de luz e sombras quanto na relação do individuo com o ambiente e na loucura sbsequente.
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"Houve um tempo em que as noites eram para dormir. Sono profundo e sem sonhos. Dormir e acordar sem medo."
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Arte soa como a servidão humana ao que ela não compreende em si mesma. Do controle a criação, autoria é se render ao inevitável, ao julgo alheio, se perder numa identidade expressa em devaneios tortos que expõem as inúmeras fragilidades de um ser que ainda tenta provar que exerce soberania sobre qualquer coisa. O fruto do artista também planta. E a colheita é canibal.
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Bergman, uma fotografia magnífica e um punhado de cenas antológicas. Um préstito de símbolos e alegorias com multiplicidades de interpretações e grande profundidade emocional sobre homens e seus demônios. E a maior dúvida de todas: afinal, quem?!
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03/07/09 -Os sentimentos humanos podem muitas vezes ser o que há de mais aterrorizante em nosso íntimo. Os conflitos internos e lembranças do passado é o que move este que é o único terror de Bergman.
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Um dos meus 5 filmes favoritos de Bergman, este A HORA DO LOBO é uma alegoria perfeita das agruras do homem moderno.
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Uma excelente história de terror sobre loucura e os demônios do homem. A câmera ágil de Bergman, aliado ao cenário onírico e às brilhantes atuações de Liv Ullmann e Max von Sydow garantem uma experiencia genuinamente aterradora.
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Não é um filme fácil, mas é um filme extremamente impactante. Um dos filmes mais singulares a que já tive o prazer de assistir. Abraços!
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De Bergman pra ser a bíblia de Lynch.
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O horror de pesadelo de uma casa comum.
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O filme mais pessoal de Bergman, encarando de frente uma série de pavores e medos típicos da filmografia do sueco.Talvez seja um dos seus filmes mais difíceis, menos acessíveis e com significados apenas sugestivos que dão ao espectador raras respostas.
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Bergman e seu terror psicológico e ameaçador. Destaque mais do que especial para a incrível fotografia.
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Bergman inspiradíssimo num filme sobre a falta de inspiração. É sobre os fantasmas do passado e sobre os medos que se impregnam na Alma. Tão perturbador quanto um trauma de infância ou a insegurança de um artista.
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Uhum.
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É inegável que o cinema de Bergman é, acima de tudo, instigante. Cada enquadramento, cada fala de seu texto carregam mensagens e simbolismos. Mas tudo isso é apresentado de uma forma complicada de se digerir. Talvez, daqui a algum tempo, assimile melhor.
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O pintor, o artista, em crise criativa e com seus fantasmas, e sua mulher de mente simples e devota. Seus mundos bem aprofundados através de metáforas visuais. Artista e cuidadora, poder e submissão, alta classe consumidora da arte.
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Um olhar ao mais profundo abismo da alma.