- Direção
- Andrei Tarkovsky
- Roteiro:
- Andrei Tarkovsky, Tonino Guerra
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália, Rússia
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 125 minutos
- Prêmios:
- 36° Festival de Cannes - 1983
Lupas (23)
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Os recantos da memória - nada é mais destrutivo que o lamento da lembrança constante. A poesia do sonho em um universo de impossibilidades. A angústia da alma do homem deslocado. O horror do mundo encontra o horror de si mesmo. Viver é não descobrir a harmonia dos sentidos? A arte é como uma posição de fé perante o vazio e as privações da existência. Mais uma obra sublime de Andrei Tarkovsky.
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Ele é foda e ponto final!
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AT esculpe o tempo e transborda existencialismo ao retratar os conflitos entre passado, presente e futuro. A fumaça, os espelhos, os cigarros, o cachorro e as janelas abertas são pequenos elementos que, juntos com o seu rigor técnico, criam um novo mundo.
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Creio que o diretor discuta sobre o aprisionamento do homem no tempo, sua busca por liberdade é ineficiente pois tanto no passado quando no presente o homem está preso ao seu lado primitivo e caminha no limbo de seus próprios medos e crenças arcaicas.
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Andrei Tarkovsky é um poeta da sétima arte e dos únicos a quebrar com a tradição narrativa do cinema para que se estabeleça uma outra linguagem, insuspeita e absolutamente radical.
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Os dois filmes de Tarkovsky rodados fora da Rússia são expressões profundas de sua alma e mantêm todas as marcas de seu cinema.
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A insistente névoa cria uma clima onírico, onde as lembranças e arrependimentos do passado, presente e futuro se fundem no mesmo espaço/tempo. A complexidade aqui é bem mais instigante do que a média do diretor.
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Festival de belas imagens e sequências dramáticas. Tarkovsky trabalha temas existenciais e dualidades da interação humana e social com um lirismo ímpar, no qual a mensagem está predominantemente no visual. Uma poesia filmada.
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O cinema é o labirinto no qual prendemos o tempo.
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"Aqui se parece tanto com a Rússia" A subjetividade na visão de mundo dominando o próprio universo do filme, que é um de sonhos, espelhos, passado e presente unidos - enfim, quase um poema de Borges.
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O público e a crítica ainda irão reconhecer Tarkovski como um dos maiores respeitadores da própria identidade, na história da arte. Um artista que se respeitava e honrava seu espaço com personalidade e voz ativa privilegiada.
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Empreitada cinzenta de Tarkovsky em terras italianas. Onde o preto-branco e as cores mesclam em um efeito de dispersão temporal. O discurso é o refinado de sempre, com algumas referências religiosas. Josephson é vital.
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Opaco, profundo e visualmente lindo. As locações antigas da velha Itália caracterizam perfeitamente as metáforas de um Tarkovsky inspirado como sempre.
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''Você quer ser feliz, mas existem coisas mais importantes''.
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13/03/10
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“...Não estava interessado no desenvolvimento do enredo, no encadeamento dos fatos – a cada filme que faço sinto cada vez menos necessidade deles...”
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O silêncio ensurdecedor e o balbuciar incoerente como pedras angulares. "Vibrado coração de ânsia esquisita".
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Técnica: 10 Lógica artística: 9.0 Lógica científica: 8.0 Nota: 9.0
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Apesar de ser um pouco inferior aos seus antecessores, é um belíssimo filme, com longos planos-sequência. Ainda conta com a cena em que o 'louco' ateia fogo a si mesmo ao som de Beethoven trancando nos alto-falantes, uma das mais belas que já vi.
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A nostalgia que corrói. A fé que divide os homens. Os temas são os mesmos. A sinceridade, como nunca foi vista.