
- Direção
- Glauber Rocha
- Roteiro:
- Glauber Rocha
- Gênero:
- Drama, Faroeste
- Origem:
- Brasil, Alemanha Ocidental, França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 100 minutos
- Prêmios:
- 22° Festival de Cannes - 1969
Lupas (24)
-
Dá quase uma impressão de continuação a “Deus e o Diabo” (que eu também não gostei tanto) por conta da câmera arrastada e a música vibrante nordestina, considerado obra-prima do Mestre Glauber, por sua musicalidade, representações através de alegorias que mistura o ritual e folclore nordestino com todas as cores, sotaques e fotografia belíssima, e só por isso já se torna marcante. Por esse trabalho, Glauber Rocha recebeu o Prêmio de Melhor Diretor do Festival de Cannes, merecidíssmo.
-
A direção é muito bem feita e a ambientação é perfeita. Não gostei do ritmo como o filme é conduzido na metade final, acaba quebrando uma boa sequência que havia iniciado.
-
A tomada de consciência de um homem. A problemática do sertão e as raízes seculares da pobreza. Um estado de fúria. Um grito de angústia. O filme em que Glauber Rocha buscou o popular, mas sem abrir mão do tempo mítico, da força da alegoria, da encenação como manifesto. Uma construção de Cinema que anda em falta hoje em dia.
-
Rocha cria sua obra-prima, com tudo o que tem de melhor como cineasta. O tom fabulesco em um faroeste brasileiro até a alma. As cores, as músicas, as atuações, os conflitos. Uma odisseia no interior do nordeste do Brasil.
-
Apresenta uma visão interessante de mundo, pelos olhos de Antonio das Mortes(Valle) que de longe é o personagem mais instigante aqui. Os demais personagens mais cansaram do que cativaram em qualquer aspecto. Os diálogos com o professor(Bastos) esperava mais profundidade, verdade. Sua desilusão com o mundo e o embate com o coronel(Soares) decepcionaram. A escolha por enormes planos com as cantorias e cerimônias são muito desgastantes e o saldo final é frustrante.
-
Melhor em seus aspectos técnicos que em roteiro e personagens.
-
Um faroeste poético e social no sertão brasileiro. O coronelismo opressor e desonesto mostrando sua força e sua queda com um levante popular rebelde e necessário, e a ressaca moral de Antonio das Mortes que busca na justiça sua redenção.
-
Um western spaghetti nas mãos de Glauber em plenos anos de chumbo era um dos maiores tiros que o Brasil poderia receber. Não há espaço para heróis e redenção, apenas revolta em meio a lei do sertão. Um ato político de tocar qualquer um pra correr.
-
Revisto: o anti-faroeste de Glauber; sua linguagem popular em meio a estética de agressão vanguardista; ponto de inflexão de sua obra; a alegoria épica; o messianismo e o banditismo: Deus e o Diabo na Terra do Sol.
-
Entrando naquele clichê de internet, melhor não dizer nada, só sentir (e assistir, claro).
-
Western do sertão cangaceiro dotado de uma veia religiosa espiritual em forma de crítica ácida aos seus conceitos num mundo onde o que predomina é a sede do sangue e luta pelo poder político proveniente do coronelismo típico brasileiro.
-
Um triunfo sem-igual e brasílico da liberdade artística, do lixo das artes como chamava Glauber o Cinema, no apogeu de seus fatores lúcidos e absurdos, graciosos e malditos, pertinente a seus frescores alternativos e mágoas à realidade chata do ser.
-
Esse o Glauber caprichou pra ganhar a Direção em Cannes, melhor dir. da história do cinema nacional! Baita riqueza estética, na música, nas cores, na montagem, nos personagens, História do Brasil, e iconoclasta, desconstrói o western. E muito brasileiro!
-
03/03/08
-
A luta no panteão, a luta interna.
-
Um filme inteligente . Pode ser cansativo para algumas pessoas .
-
Deus criou a terra e o diabo o arame farpado
-
A historia sendo contada pela música.
-
O baile de cores é o grande trunfo,aliado com uma composição de planos muito bonitos e a grande força do elenco (Do Valle é incrível) e da estrutura principal. O palavrear sem fim não é exatamente bom,exceto os desafios em poesia de rima Fantásticos.
-
Técnica: 10 Lógica artística: 9.0 Lógica científica: 9.0 Nota: 9.33