- Direção
- Arnaldo Jabor
- Roteiro:
- Arnaldo Jabor (roteiro), Nelson Rodrigues (peça)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Duração:
- 102 minutos
Lupas (9)
-
Poxa apesar da crítica tão válida ao puratinismo e conservadorismo é um filme tão caricato, tão mal atuado e convenhamos bem mal dirigido que é difícil de levar a sério. Confesso que dei muitas risadas com o ladrão boliviano, mas foi só.
-
2022 Abril - 032
-
Arnaldo Jabor faz uso de elementos anárquicos para criticar o conservadorismo e como ele está impregnado na sociedade mundial - o Brasil aqui é uma metonímia hiperbólica -. Darlene Glória e Paulo Porto no epicentro que questiona a liberdade: o que é ser livre? Como é ser livre? Após ser livre, qual o próximo passo? Ode à América Latina na cena da cadeia e tudo ao redor dela: detalhe engraçadíssimo que o "ladrão boliviano" estava com uma touca de Cuzco (!) na cabeça.
-
O desejo em meio a moralidade dos bons costumes, como instrumento de dominação e como transgressor de qualquer relação social. O roteiro se renova constantemente, numa dinâmica de devoção e fidelidade que vai se invertendo. Os personagens são maleáveis, escondem certas facetas por trás do aparente conservadorismo. Mas no final das contas, o calor das emoções é o que se sobrepõe, seja num aspecto positivo ou negativo. Um filme sobre o corpo e o intenso olhar perante ele.
-
Melhor adaptação de Nelson Rodrigues que eu vi (A Falecida é mais filme, mas esse é mais a cara do escritor). A sua persona combina muito com o estilo de humor de Arnaldo Jabor, que demonstra muito bom gosto na direção do filme e principalmente na escolha do grande elenco. Darlene Glória arrebenta no papel de Geni, assim como Paulo Porto e Pereio impagável como o malandro folgado da família. E a peça em si que é incrível, cheia de reviravoltas e críticas à família burguesa.
-
Diálogos provocantes, bela presença das cores, elenco afiado (destaque para a inebriante Darlene Glória). Faltou um pouco de acabamento narrativo. Talvez a melhor adaptação de Nelson Rodrigues para o Cinema (a maioria são filmes de gosto duvidoso).
-
A fartura de canastrões de atores brasileiros de antanho é algo sensacional. Endêmico. Se ensaiassem, não seria tão perfeito.
-
Tudo muito teatralizado, para no final cair nos velhos esteriótipos, cujo final já está tudo formatado.
-
o ladrão boliviano, o ladrão boliviano