- Direção
- Glauber Rocha
- Roteiro:
- Luiz Paulino Dos Santos (idéia), Glauber Rocha (roteiro), José Teles (roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 78 minutos
Lupas (16)
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Em seu primeiro longa metragem, Glauber Rocha já escancarava a problemática social do Brasil. Desigualdade, racismo, abandono do estado, falta de solidariedade dos pares, o misticismo como força alienante das camadas populares, a doença da pobreza. Não tem a força de seus filmes posteriores, mas é um importante registro cultural e histórico do Cinema Nacional.
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Longa de estreia de Glauber é uma espécie de filme denúncia das condições sociais de um grupo de pescadores na bahia enquanto seus ritos e ideais religiosos acentuam a cegueira social as quais estão submetidos. Apesar do triângulo amoroso um tanto chocho e uma certa dificuldade na direção de atuações, a poética da câmera, dos cantos do povo e a presença bela do mar fazem de barravento um filme bonito demais de se acompanhar. Cena lindíssima de Luiza Maranhão se banhando nua.
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A câmera de Glauber Rocha faz com que o espectador sinta uma brisa marinha e seu cheiro no rosto. Seria ainda melhor se tivesse abraçado o estilo contemplativo com inteiro ao invés de forcar nos desinteressantes conflitos dos pescadores.
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Vale mais por um estudo sociocultural do que por obra cinematográfica. Interessante conhecer a vida desses pescadores e a cultura do candomblé, mas desinteressante a história criada dos problemas amorosos envolvendo seus personagens principais. Tais elementos nunca se desenvolvem e parecem conflitar com a vontade do diretor de apresentar os costumes dessa religião, dessa aldeia. Portanto, acaba não evoluindo em nenhuma das frentes e traz uma obra cansativa e confusa.
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O materialismo passional do Glauber já chega com uma voadora no peito já em seu primeiro filme aos 23 anos (!!). A mensagem de como o misticismo cega a consciência política dos pescadores é bem clara, e forte, revolucionária, na figura de Firmino como quando ele corta a rede. Ainda não tem toda a ruptura estética que Glauber faria anos depois, é um filme mais fácil de digerir, mas já dá pra ver um cara diferente dentro daquele contexto do cinema baiano pré-Cinema Novo, e que conhece de cinema.
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Glauber ainda traria muito mais louvor a sua linguagem em trabalhos vindouros, porém aqui já vemos uma experimentação narrativa que, mesmo confundindo, se aprofunda com intimidade dos conflitos de classe e religião.
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Um retrato da alienação religiosa e cultura de escravidão remanescentes em muitos povos brasileiros.
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em detrimento de outros filmes atemporais de glauber, este serve mais como documento historico, nem por isso deixa de ser bonito e interessante
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Primeiro longa de Glauber Rocha, um pouco lento, alternando musicas e paisagens, mas um bela crítica a escravidão, que ainda perdura nos tempos atuais de capitalismo selvagem...
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06/01/12
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Um estudo antropologia/cinematográfico, digno cinema brasileiro.
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Técnica: 10 Lógica artística: 9.0 Lógica científica: 8.0 Nota: 9.0
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Ainda marinheiro de primeiras viagens, Glauber sabia fazer cinema. Barravento é lindo e seu discurso é pertinente nas questões negras, religiosas e sociais. Filme essencial, o que é triunfo para uma estreia.
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Meu primeiro Glauber rocha já serviu para mostrar seu cinema regional que jamais se limita a esse princípio. Direção de atores peculiar.
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Arrastado.
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A crítica à religião alheia, o etnografismo, o argumento bobinho, tudo fica em segundo plano com o majestoso balé que Glauber impõe aos seus personagens.