Lupas (12)

No romance, Josey e Laura se casam e têm um filho que chama de Jamie. Essa história foi deixada de fora porque Clint Eastwood era contra a ideia de terminar como um cidadão pacato em um de seus filmes. Este é o primeiro de seis filmes feitos pelo casal da vida real Clint Eastwood e Sondra Locke .

Empolgante visualmente mesmo que nem sempre seu roteiro o seja. O personagem de Clint, o solitário, agora forma uma família de oprimidos . Um faroeste que pende muito mais para o entretenimento mas que de certa forma consegue trazer elementos de análise interessantes ainda que um pouco clichês à respeito do conceito da índole dos tais foras da lei.

Bastante afinado na direção, Eastwood constrói lentamente as relações que devolvem a 'humanidade' a alguém que perdeu tudo, com coadjuvantes que elevam o peso das decisões e caminhos tomados pelo personagem, revestido ainda por diálogos irônicos e situações cômicas que estranhamente casam bem com a trama densa e repleta de ressentimento. O ano de 76 foi mágico para os westerns, com este, Keoma e O Último Pistoleiro. Passatempo de altíssima qualidade!

Clint Eastwood investe em seu personagem clássico; o cavaleiro solitário, mas aqui existe uma preocupação maior em humanizar o protagonista (dentro da ideia revisionista). O que não impede de ser um western brutal, realista e sombrio.

Numa época de westerns desgastados, Clint entrega um faroeste de entretenimento, meio aventura/road movie, com clichês do gênero e caricaturas, mas que funcionam bem principalmente pela boa direção e pela figura mítica de Clint. Poderia ser mais curto.

Esta obra de Eastwood é o estudo sobre a lenda do oeste, não aborda todos os seus elementos, mas analisa muita coisa que lhe moldou.

19/12/09

Fabuloso western onde Clint,novamente solitário e sem família,marcha rumo à vingança suplantada pela guerra civil e a obrigatoriedade do convocação. Tempo ameniza o cruel e a vida reconstrói.O grupo se formando em busca de novo lar é um espetáculo.

Josey Wales boladão arranjando encrenca com a União por vingança! Muito comovente vê-lo, após perder tudo, agrupar os cacos, refazer sua "família" e dar uma linda lição de moral sobre os horrores da guerra.

Em um país dilacerado pela violência e por ressentimentos históricos, as palavras e as armas fazem as vezes da Justiça. Clint aprendeu a filmar com Leone, privilegiando o simbólico e as expressões faciais. Um dos grandes faroestes já feitos.

Aqui nasce o Eastwood diretor.

O bom e velho Clint (ainda longe da atual sensibilidade na direção)... Cenas bem elaboradas e diálogos criativos (alguns com fina ironia), mesmo num roteiro regular. O personagem é ótimo (o detalhe da cusparada é impagável)! Bela trilha sonora também!