Lupas (11)
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Pqp, coisa linda! Um manifesto surrealista com as raízes revolucionárias do movimento, e que se mistura com o realismo poético francês de forma "voadora no peito". Coisa raríssima no cinema. Uma ode à desobediência civil recheada de simbolismos, a liberdade na beleza pura das crianças. Isso fora toda a parada autobiográfica que é fortíssima. E que cena maravilhosa aquela catarse revolucionária! Pqp! De deixar o pai, anarquista revolucionário, num orgulho sem fim, de lá do outro plano.
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É um feito propositalmente irregular, em busca de rumo, de foco, até assumir que essa não é a necessidade, libertando-se como conto urbano e narrativa de cinema para atingir a catarse, o prenúncio de uma atitude que até hoje não chegou. Seguimos perdidos, sem foco, mas querendo causar quando a necessidade chama.
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O sistema escolar repressivo da década de 30 já se mostrava fadado ao fracasso, em que pese a defesa de muitos até hoje. Por meio das peripécias de seu jovem elenco, Vigo coloca em xeque os métodos de imposição de comportamento, mas às vezes os faz de modo um tanto histriônico.
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Não vi nada que justifique a fama.
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Bem-filmado mas pobre pra cacete. É apenas um amontoado de moleques, arteiros como o cão, destruindo uma escola sob a falsa vigilância de professores que não entendem o respeito. Além de curto demais, não dando tempo para desenvolver ninguém.
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Espírito revolucionário e jovial, iconoclastia libertina. Filme que seria aplaudido tanto por Truffaut quanto por Godard.
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Ilustra bem como seria o foco narrativo dos filmes da década de 30 - o final em slow motion há muito já possui uma aura mística -. Se esse é dos grandes da década, haveria um retrocesso em comparação a evolução do cinema dos anos 1920?
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Jean Vigo; Realizador dos mais interessantes. Teve uma curta carreira (morreu aos 29 anos de idade). Pena, sua obra é cheia de vida, mistura de anarquia, dadaísmo e surrealismo! ''Zéro de Conduite'' é um filme dos sentidos... e da poesia!
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07/10/08
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Um delicioso e bem-humorado rascunho para Os Incompreendidos onde é retratado toda a universal e atemporal molecagem de nossas crianças. 40 minutos de regresso aos bons tempos de primário.
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Chatíssimo... sequer um simples momento de inspiração ou alguma criatividade. Apenas confusão desorganizada o tempo todo (ainda bem que é pouco!)... É, zero em tudo!