Lupas (45)

Filme maldito, excessivo, visceral. Uma pancada do começo ao fim. Visão sombria das grandes cidades, sujas e corrompidas, onde bem e mal não passam de dois lados da mesma moeda amaldiçoada. Um conto de violência, de como ela está impregnada na alma humana. É Cinema que não se prende ao lugar comum, se arrisca, surta, fala a linguagem das ruas, se fortalece nos escombros. É possivelmente o melhor trabalho de Abel Ferrara. Christopher Walken é um monstro!

Um dos grandes filmes de gângster, Abel Ferrara apresenta ao espectador uma Nova Iorque que praticamente não é mostrada nos filmes de Hollywood. O personagem Frank White é uma mistura de Robin Hood com Vampiro sedutor, rola até cena de sexo num metrô novaiorquino(top). Filme tem alguns furos, fica bem previsível que em determinadas tomadas, irá ocorrer um assassinato, logo nos primeiros minutos isso fica evidente, mesmo assim o filme é fantástico e bem dirigido, o take final é épico.

O magnata político italiano Silvio Berlusconi, o homem mais rico da Itália, financiou o filme através do produtor Jay Julien e de intermediários italianos.

Um dos melhores, senão o melhor filme policial de todos os tempos. Amparado pelo excelente Walken, Ferrara constrói a história de ascensão e queda bem ao seu estilo: Seco, Direto ao posto e regado a umas drogas é claro!

Excelente filme.

Não faça inimigos se não puder contê-los.

Senhor...

Ferrara usa com maestria luzes e cores para dar um ar grandioso e poético à um filme sobre criminosos.

Ação de primeira, grande história de máfia. Belo grupo de figuras marcantes e um senhor embate entre os criminosos e a polícia - perseguição maravilhosa na chuva. Facilmente o melhor de Ferrara, bem longe da estrutura B que marcou seus posteriores.

Diria tranquilamente que é um roteiro sem originalidade, sem reviravoltas e que revisita todos os lugares comuns do gênero de filmes de gangster. O banho de sangue é exagerado e por vezes soa gratuito. A estética crua e suja é seu mote principal.

Direção charmosa e atuações maravilhosas (principalmente Walken) contribuem para esta obra única.

Hipnotizante, Ferrara constrói de maneira incrível uma história de crimes, unica, mostrando uma protagonista perdido no desejo de conquista e ao mesmo tempo mudança, discutindo drogas, leis, ética.

Filme paupérrimo que alguém inventou que é genial e muitos incautos saem por aí elogiando para pagarem de cinéfilos. História vulgar, atuações canastronas, notadamente de Laurence Fishburne, que está ridiculamente forçado. De bom só tem o clima sombrio. Dvd, acervo, 07-07-2016

A sujeira da sarjeta vem do lixo dos dois lados.

A trama é boa... até a história é boa, só que é mal contada. Falta um fundo que mantenha os capítulos do filme conectados, que acabe com essa impressão de fragmentos desconexos.

Não é fácil se limpar do sangue derramado na sua roupa pela vida inteira. Walken está impagável.

Utilização de trilha sonora com função quase "lynchiana" de embelezamento e romantização do que se expõe na tela ao mesmo tempo em que se vê uma cruel e realista composição novaiorquina em luzes azuis. Christopher Walken está absurdamente perfeito.

O Homem em seu estado mais brutal. Sem heróis e vilões. Um realismo urbano charmoso, e ao mesmo tempo, imundo. Sem demagogia, Ferrara é o filho bastardo de NY.

Muito corrido. Se o filme focasse um pouco mais na história , menos na ação e tivesse mais duração ... mas continua sendo um bom filme. E Walken é um ator do krl, só pra constar.

Trajetória do gângster urbano retratada por um protagonista que se assemelha a um vampiro, movido por sua frieza para instalar o medo na sociedade e colher seu alimento: o sangue. Violência é um círculo vicioso, pois só se faz o bem onde já existe o mal.