Começa melhor do que termina. Mesmo no início Weerasethakul já mostrava um cinema contemplativo e de relações humanas com a natureza (ainda sem o realismo fantástico), possui bons momentos mas num todo é só mediano.
Uma bela exposição do que Apichatpong faria em seus filmes posteriores. Ele trabalha o tempo, a presença do momento, o que cada um carrega dentro de si, a dor, paixão, o sexo, a sensação de efemeridade. Talvez seja simplesmente uma questão de contemplar e absorver a magnitude da natureza.
Cinema muito simples e muito bonito, pacífico e contemplativo de Apichatpong. Seu cinema cresceria com o tempo mas já no início de sua carreira toda a conexão (ou a falta de) do homem com seu lado espiritual com a natureza já está presente. Além disto há uma conexão bonita sobre o toque humano e o apego. Apesar de todas as suas qualidades evidente é impossível não dizer que o tailandês exagera sempre na duração de seus planos.
Talvez o filme mais linear do Apichatpong e mesmo assim o seu filme mais hermético. Mesmo errando no segundo ato, a primeira parte do filme é maravilhosa, o cinema do Apichatpong na sua essência.