- Direção
- Roteiro:
- Samuel Fuller
- Gênero:
- ,
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 101 minutos
- Prêmios:
- 21° Globo de Ouro - 1964
Lupas (21)
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Filme espelho das mazelas sociais dos Estados Unidos. Filme que expressa as vísceras podres do sonho americano. Filme da loucura como escape da realidade suja, cruel, hipócrita, perversa. Filme sobre a dor dos indesejados, os não acolhidos, o horror que se alastra no coração da sociedade. Filme furioso, brutal, sufocante. Filme com a potência aniquiladora de Samuel Fuller.
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Para quem está obsessivo, estar louco é questão de interpretação. É com essa situação que Fuller inicia seu longa onde explora as mentes por trás de um sanatório, por trás de conseguir uma notícia, da discussão sobre o racismo e sobre o ódio tão fácil de ser manipulado. Desenvolvendo melhor uns que outros, é inegável a força desse filme para a época, e o quão influente ele foi para demais obras ao decorrer do tempo quando entraram nesse tema. O ambiente que você vive, ciente ou não, te afeta.
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Fuller consegue realizar uma das maiores transformações de um personagem (ainda que previsível) em uma jornada sobre problemas psíquicos e como isso não se pode brincar. Aproveita também para questionar paranoias norte-americanas e o limite do jornalismo.
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Demora um pouco para engrenar, e ainda que eu, particularmente, não goste do fato do diretor nunca abraçar o pessimismo com os dois braços, achei interessante.
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Os delírios de uma nação encenados em um hospício. Não à toa o corredor é chamado de "rua". Problemas que os EUA querem esconder, mas Fuller faz questão de mostrar.
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A loucura do ódio, racismo, exclusão social, guerra e paranoia anticomunista comparada com a loucura dos insanos institucionalizados, excluídos, marginalizados, nesse grito de Fuller que comprova mais uma vez seu poder de representar e amedrontar.
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Apesar de sua previsibilidade o que importa é a forma como os personagens representam"as loucuras da humanidade".Fuller se interessa na construção de sua mensagem pesada contra o ódio ao comunismo, racismo, belicismo e por fim o jornalismo sensacionalista
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Roteiro engenhoso que perscruta os recônditos da mente humana e algumas peças que ela pode pregar. Fuller era praticante do cinema no qual não resta espaço para a indiferença e o conformismo.
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Nada a declarar.
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Minha primeira investida ao cinema de Fuller e já bato de frente com assuntos irrigados pela polêmica de sua década. O alvorecer da loucura de Barrett é como o limite do homem para seu meio, tomado aos poucos por suas condições e movido pelas ambições.
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Um filme que fala muito da visão de mundo do Fuller. Momentos engraçados que são ao mesmo tempo pertubadores. Grandes personagens. Fica chato apenas nas horas em que rolam os desabafos dos loucos, e prejudica um pouco. No mais, genial!
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02/08/13
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A loucura como reflexo dos grandes problemas da sociedade (a guerra, o racismo, a ambição desmedida) sob um dos ápices de maestria de Fuller - a cena alucinógena da chuva 'taí como exemplo máximo. Meu preferido do diretor.
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Técnica: 8.5 Arte: 8.5 Ciência: 8.0 Nota: 8.33
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Mais um dos noirs canastrões de Fuller, tão datado que parece pertencer mais ao início da década de 40. O diretor sempre esteve um "pouquinho" atrasado no sentido de adaptar tendências cinematográficas ao seu estilo.
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Usarei (e reescreverei) Godard: Samuel Fuller é o cinema.
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Embora naturalmente previsível, consegue penetrar no âmbito da "loucura social", fruto de ambições desmedidas, de forma CHOCANTE.
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A força que Fuller dá a cada cena é realmente "alucinante".
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Há tanto por trás,tanto é dito em cada situação que é de admirar.Sem perder a coerência da história principal,Fuller enche tudo com simbolismos diretos. Ver algo assim só contesta o quanto as produções hoje são inocentes com a mania de seriedade.
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Perturbador observar alguém enlouquecer