Lupas (22)

Salvo alguns exageros (os monólogos do protagonista em P&B denotam certa falta de maturidade por parte de Dolan), trata-se de uma obra interessante, com momentos que remetem com clareza as dificuldades de relacionamento entre mães e filhos. Dorval é ótima

Vive la Fête. Inconsequência. Sexo. Breakdown. Claro que é hipster e afetado, como o nicho de sua geração que retrata, mas também tem muita verdade.

Rebelde, o próprio fato de ser o primeiro filme de um cineasta de 19 anos faz com que seja revigorante o seu jeito de fazer cinema, sem nenhum cacoete ou vício, só cheio das ideias de uma curta vida representativa de uma geração pra projetar.

Xavier Dolan define seu estilo marcante a partir de seu filme de estreia, e isso é o que melhor funciona aqui; incontáveis cenas de beleza ímpar enchem os olhos. Mas há algo de mal trabalhado nessa, supostamente, complexa relação entre mãe e filho.

Um conturbado reflexo de seu autor, confundindo com os espectros de sua aparente maturidade precoce. Ainda assim, sua juventude rebelde se faz muito presente. Culpa da mãe, do filho ou da sociedade? Grande estreia de Dolan.

Típico produto da cultura hipster sem conteúdo, que age de maneira pretensiosa, não sabendo aprofundar com propriedade os temas que tenta abordar. Humbert só parece um adolescente irritante o tempo todo, por exemplo.

"What would you do if I died today?" "I'd die tomorrow". Assisti sem saber que era semi-autobiográfico. Dolan fez uma excelente direção (e uma ótima atuação), mas não aproveitou 100% a história que tinha.

Ainda que a mãe seja interpretada no velho e ultrapassado estilo de mulher histérica, Dolan por pouco não escorrega de vez nisso. O resultado do filme acaba por ser extremamente positivo e, por que não, original.

27/07/13

Eu não sou uma pessoa de chorar. Não que eu me abstenha do ato, só não paro muito para fazê-lo. Talvez ame o cinema por ele me proporcionar às vezes o prazer disso, e quando o faz, completa-me. 'O que você faria se eu morresse hoje?' 'Morreria amanhã'...

Sábio roteiro.

Um filme realmente bem realizado, Dolan me surpreendeu, mas algumas vezes chega a ser desgastante assistir essa relacao entre mae e filho.

Experimentando uma linguagem autoral, Dolan faz de seu primeiro filme um pequeno quadro sobre o relacionamento complexo de amor e ódio entre mães e filhos (gays), mas sua insistência num estilo próprio acaba tornando o filme afetado e narcisista.

FRANÇOIS ME COME TBM PFVR

Um drama tenso, que explora a complexa relação entre um filho e uma mãe deslocados de seus papéis. A temática é interessante e provocante. Xavier Dolan mostra autenticidade em tomadas belíssimas.

Cheio de frescuras e carente de atitude, mas são nos detalhes que a obra consegue comprar o espectador. Um filme imaturo para condizer com a posição temporária do diretor.

Comete alguns excessos e falta profundidade psicológica aos personagens. Apesar disso, Dolan cria um filme bonito e bem filmado. O resultado final é positivo.

Um filme extremamente interessante, mostrando a relação nada amigável de um filho com a mãe. Bom o filme tem um roteiro até bom, a trilha achei muito boa, porém, o que ficou a desejar é o final. A trama durante todo o tempo girou apenas em no conflito.

A estreia de Dolan na direção é promissora, malgrado certos acidentes de percurso.

Dolan compõe seu filme com enquadramentos e cenas impactantes que deixam o resultado mais interessante. Não é pra todo mundo, mas funcionou muito bem comigo.