- Direção
- Abel Ferrara
- Roteiro:
- Nicholas St. John
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 108 minutos
Lupas (11)
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Intenso, nervoso, provocante, sujo, vertiginoso, insano, sempre no máximo. É uma expiação do homem enquanto ser social, enquanto artista, enquanto inimigo de si mesmo. Abel Ferrara fez este filme para exorcizar seus demônios, mas também para cultivar novos; por que a realização artística costuma nascer de um processo extremo, desgastante, por vezes angustiante e destrutivo.
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Um filme metalinguístico pra meter porrada em todo mundo. Ferrara mostra(mais uma vez) que o cinema devia ser espontâneo, vivo, visceral, as tripas a mostra. O inferno é filmado, contemplado, colocando o cinema quadrado e fofinho pra puta que o pariu. Destaque pela atuação supreendentemente boa da cantora Madonna.
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"Por que beber para interpretar um bebado?" Morte do homem ou do artista? Filmar é visceral, ou pelo menos deveria ser, como Ferrara, que mata Hollywood, os manda para o inferno e se joga junto. Único filme metalinguístico feito na América.
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O Cinema é sujo e imoral, fazer filmes é cortar na própria carne. É o filme de Ferrara onde a linha entre realidade e ficção está mais tênue. Um porrada metalinguística em diversas camadas e direções. Obra-prima.
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Em se tratando de Ferrara, o incômodo é constante. A repetição da parceria com Keitel produz mais uma obra regida pela sofreguidão e pelo mergulho em águas turvas.
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27/03/15
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Muito do mérito da fita vem da entrega de seu protagonista, em mais um papel onde Ferrara o coloca novamente para confrontar-se com seus demônios, e da coragem de Madonna em despir-se de sua vaidade para entregar sua melhor performance.
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Por mais que seja interessante o trabalho metalinguístico, a obra mostra-se uma mera repetição superficial dos temas filmes anteriores do próprio Ferrara. Decepcionante.
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Em seu filme mais sombrio, possivelmente, Ferrara destrói o sonho americano, a família e vida perfeitas, o cidadão correto, para exibir o verdadeiro ser humano, implícito, dependente, doloso, dividido entre o ser e a sombra, artista e arte, falso e real.
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Para mim, dessa vez, Ferrara ficou devendo. Talvez funcionasse melhor como curta, já que tudo é muito repetitivo e a trama não avança. O final é péssimo. O ponto alto é o elenco, o que é comum em se tratando dos filmes do diretor.
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A divisão entre realidade e ficção se torna tênue, porque em ambas as esferas há uma verdade poderosa, a sinceridade e a intensidade de uma série de personagens/ seres humanos atormentados. Até parece uma descrição do próprio cinema do Ferrara.