Fassbinder é um cineasta que me divide pelo simples fato de que sua amargura e frieza me geram um incômodo absurdos ao mesmo passo que seria incoerente criticá-lo por tal adjetivo considerando a intencional característica do diretor. Ou talvez seja por sua pouca verbalização e trato excessivamente gestual da condição de seus personagens mas não reconhecer valor em suas conduções cênicas seria tolice.
Os conflitos no interior da sociedade são mais apaixonantes de observar através das mulheres. Porque as mulheres, por um lado, são oprimidas, mas, segundo eu, elas também provocam essa opressão em função de sua situação na sociedade. Fassbinder.
Filme absurdamente cruciante. Produz uma sensação de que algo terrível vai acontecer a qualquer momento. Fassbinder, através de um melodrama corrosivo explora os caminhos da mente depressiva, não há soluções, resta apenas um sentimento de angústia eterna.