Lupas (13)

Impressionante como Bergman foi singelo e intenso aqui, tlvz o melhor filme dele.

Bergman ainda transita pelo melodrama mas todo o ato final depois da reviravolta já se assemelha mais ao cinema sisudo e silencioso que marcaria sua carreira. Juventude é sobre o quanto a memória nos define na linha tênue da procura da felicidade.

Bergman refletindo sobre a juventude através das memórias saudosas, mta insinuação sexual, como fonte de vivacidade e frescor. O uso do balé em cena e as associações possíveis à beleza , à leveza da juventude, etc, já revelavam um diretor diferente.

Levantando voo e saindo de seu casulo de formação (de CRISE a RUMO À FELICIDADE), Ingmar Bergman apresenta um filme que entrega muito mais do que aparentemente promete, recheado de competência técnica e atuações muito boas (em especial Maj-Britt Nilsson).

Esses romances dos filmes iniciais do Bergman são bem interessantes.

O fato de estar ficando velha para ser bailarina potencializa as difíceis memórias que insistem em assombrar a protagonista, que procura na dança um escapismo. Belo e simples.

30/04/11

Juventude, considerado por Jean-Luc Godard o filme mais bonito de Bergman, antecede e, de certo modo, prenuncia as obras-primas que o cineasta sueco faria ao longo dos anos 50: Mônica e o Desejo, Noites de Circo, O Sétimo Selo e Morango Silvestres.

Resumindo esse filme em uma frase eu diria É o frescor e o toque de melancolia que trás o fim de uma tarde amena.

Filme em que, ao lado de "Monika e o Desejo", é mais explorada a associação - recorrente na filmografia de Bergman - entre os amores da juventude e a natureza, além de alguns dos mais belos planos compostos pelo gênio.

Um afável convite a um percurso particular pelas memórias de uma personagem absolutamente encantadora em seu desespero latente.

Meu primeiro Ingmar Bergman, dia 4 de agosto! Fantástico filme sobre a nostalgia!

A juventude,a descoberta do amor e as lembranças do passado na visão única de Bergman.