Outro épico muito bom. Bom ritmo, melhor nas sequências de palácio que nos campos de batalha.
Senti a falta de grandes cenas. A imagem final, o homem preferindo a honra, com os bárbaros em chamas ao fundo, é impressionante.
(O absurdo pedaço onde os dois rapazes fazem um duelo de beber vinho no embornal, é chocante. Desnecessário. Nitidamente induziram uma imagem sexual - escorrendo na boca, olhares de soslaio, cansado bufando sobre outro).
Apesar de deslizes, é um dos melhores filmes do gênero épico dramático, a forma como expõe preconceitos, ganância, traição e tirania - como no lúcido discurso do homem mais velho no senado - é apaixonante.
A atenção chamada pelos excelentes aspectos fotográficos e de direção de arte só reforçam o quanto é exagerada e desconjuntada a parte dramática. Fora isso, levanta uns paralelos entre Roma e o mundo do século XX mas nada muito substancial.
Com um visual estonteante, Mann usa um período negro do Império Romano para fazer analogias com a política do século XX (principalmente com totalitarismo e democracia), sem ter medo de anacronismos. Um dos melhores filmes sobre a época.